Má qualidade da SC-114 causa prejuízos a produtores da Serra de SC
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Agricultores reclamam que parte da produção é perdida na estrada. Governo do estado diz que está em fase de estudos para terminar pavimentação.
Reprodução/NSC TV - Caminhão na SC-114, na Serra de SC
Produtores de maçã e mel relatam prejuízos por causa das más condições da SC-114, na Serra catarinense. Eles dizem perder parte da produção por causa de todas as dificuldade enfrentadas no transporte das mercadorias. O governo do estado afirma que está em fase de estudos para terminar a pavimentação da rodovia, mas não deu prazo.
A estrada é conhecida como Caminho da Neve, mas está cheia de buracos. Ela liga São Joaquim, na Serra catarinense, ao estado gaúcho.
"Trinta quilômetros em três horas e pouco dá pra fazer com um caminhão. Fora o prejuízo que dá, mola que quebra, cai poeira, um monte de coisa", relata o motorista Sandro da Silva.
Danos na produção
Essa é uma das principais rotas para o escoamento da produção de maçã de São Joaquim. Mas, para chegar até o destino o motorista enfrenta muitos obstáculos. Um deles é o barro que se forma quando chove. Houve caminhão que precisou ser puxado por dois tratores para conseguir seguir viagem.
"Estima-se que tranquilamente de 5% a 8% da produção chega batida no parking house por causa da estrada", afirma o produtor de maçã George Nunes. "Tu tens todo um cuidado envolvido na colheita para depois perder na estrada", continua. "Na revisão, numa safra dá uns 20% de prejuízo", diz o motorista César Marka.
Os produtores de mel também relatam problemas. "O mel você tem que saber como é que anda, porque senão acaba quebrando todos os favos, vai escorrendo, vai virando bagunça em cima da caminhonete", declara o produtor de mel João Nunes.
Ponte
Os motoristas precisam passar ainda por uma ponte na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A estrutura não oferece segurança aos condutores. Já são mais de 20 anos enfrentando esse perigo.
Alguns trechos chegaram a ser asfaltados. Mas os trabalhos foram paralisados depois que o estado decidiu passar a rodovia para a União. Porém, o processo de federalização ficou pendente: a Secretaria Estadual de Infraestrutura ainda não encaminhou todos os documentos exigidos pelo departamento que cuida das rodovias federais.
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