
Alto Vale
Secom/Divulgação -
O governador de Santa Catarina Raimundo Colombo participou de uma reunião com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na manhã desta quarta-feira (22), em Brasília, para tratar das medidas da contenção de prejuízos econômicos após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada na sexta-feira (17).
De acordo com Colombo, ficou acertada na reunião a continuidade dos esclarecimentos para o mercado interno e internacional sobre a qualidade da carne de Santa Catarina, como mostrou o Jornal do Almoço.
"Alguns mercados já restringiram aquelas 21 plantas, como o Japão, por exemplo. Argentina, isso já está quase que se normalizando, dependendo ainda de alguns esclarecimentos. Existem outros mercados importantes para nós, como a China, a comunidade europeia, que a gente ainda não tem essa autorização. Então, isso vai se agravando a cada hora que passa, porque a produção continua. Nós produzimos 3 milhões de frangos ao dia. Então, você começa a atrasar o abate, começa a ter prejuízo, a gerar toda uma insegurança no setor", comentou o governador.
Ele enfatizou que dará continuidade na divulgação da qualidade dos produtos de Santa Catarina. "Não há mais dúvidas de que os fatos venceram as versões. O nosso produto é reconhecido, nos últimos 45 anos, nenhum produto catarinense foi sequer criticado pela qualidade, ele é reconhecido no Brasil e no mundo. Ainda não há um prejuízo direto, muitos países estão aceitando nossos esclarecimentos e isso está ajudando. Foram mais de 50 anos para construir este modelo que emprega mais de 300 mil pessoas", disse Colombo.
Segundo governador, mesmo com a diminuição de abates, a expectativa é que a produção seja normalizada logo. "Espero que em poucos dias possamos voltar à normalidade".
Colombo reforçou que a China é o maior comprador de carne suína brasileira e Santa Catarina é o maior produtor. "Temos quase um milhão de abates ao mês. A presença da Coreia na visita a Santa Catarina está confirmada para o dia 31, fica até o começo de abril para habilitar o mercado de carne suína", explicou.
'Erro de comunicação'
Na segunda-feira (20), em Florianópolis, o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, afirmou que a Polícia Federal pode ter cometido um "erro de comunicação" na divulgação da Operação Carne Fraca, deflagrada na sexta-feira (17) e que gerou repercussão nos mercados internacionais.
Em conversa com jornalistas durante abertura do VII Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que vai até quinta-feira (23) no Costão do Santinho, em Florianópolis, Sobral afirmou que a forma como a operação foi divulgada pode ter dado a entender que ela foi maior do que pode ter sido.
"Acho que houve um equívoco de comunicação, lá da comunicação, quando afirma que foi a maior operação da Polícia Federal sem explicar que é a maior quantidade de mandados, mas não valores investigados, importância, relevância social, talvez dando a entender que ela foi maior do que realmente pode ter sido", afirmou o presidente da ADPF.
Na sexta, a PF informou que a Carne Fraca é a maior operação já realizada pela corporação. Foram 1,1 mil policiais cumprindo 309 mandados - 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e cumpridas em São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
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