
Alto Vale
O governador Raimundo Colombo (PSD) e homens de sua confiança teriam pedido um total de R$ 13,1 milhões em doações não contabilizadas (caixa 2) em diversas oportunidades para campanhas próprias e de outros candidatos do PSD catarinense nas eleições de 2010, 2012 e 2014, de acordo com a íntegra dos relatos de colaboração premiada dos acordos de leniência de ex-diretores da Odebrecht no âmbito da Operação Lava-Jato.
Os documentos, tornados públicos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quarta-feira, revelam que, além do governador, os ex-secretários José Carlos Oneda, Nelson Serpa e Ênio Branco, os então deputados estaduais pessedistas Gelson Merisio, Cesar Sousa Jr e José Nei Ascari e o atual secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, Cesar Souza Júnior, são citados por ex-diretores da construtora, Fernando Reis e Paulo Roberto Welzel.
Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, delatou que teria sido procurado em 2010 por Ênio Branco, então presidente da Celesc, para a empresa realizar doações de campanha para Colombo, que era senador e iria pleitear a vaga no Executivo estadual. De acordo com Fernando, Ênio pediu que as contribuições fossem "não contabilizadas", pois Colombo "disse preferir não ter a empresa como doadora oficial".
No relato de Paulo Welzel, um encontro teria ocorrido entre ele, Fernando Reis, Raimundo Colombo e Ênio Branco em "meados de 2010" na sala VIP do banco HSBC do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde o futuro governador teria pedido dinheiro para a campanha: "Ao final da reunião, Raimundo Colombo requereu a Fernando Cunha Reis contribuição a sua campanha eleitoral, no valor de R$ 2 milhões".
O apoio de eleitoral fora do alcance da Justiça Eleitoral estaria relacionado à intenção de privatizar a Casan, com provável interesse de participação da Odebrecht Ambiental. Os delatores narram as etapas da negociação, que incluíram mudanças na legislação propostas pelo Executivo para viabilizar a venda de ações da concessionária de saneamento. No entanto, o baixo valor de mercado esfriou o negócio nos anos seguintes. O assunto foi retomado em 2014.
Nos relatórios sobre as delações, os ex-diretores ainda mencionaram pedidos dinheiro feitos por Ênio Branco e Antônio Gavazzoni para as eleições de 2012, em apoio ao candidato prefeitura de Florianópolis, Cesar Souza Junior, e em 2014 para campanhas dos deputados Gelson Merisio, apelidado de "cunhado"; e José Nei Ascari, chamado de "herdeiro". Todos são do PSD, partido de Raimundo Colombo.
A reportagem do DC está tentando contato com todos os envolvidos para saber o posicionamento de cada um em relação às informações contidas nas delações.
Link da matéria: http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2017/04/colombo-e-homens-de-confianca-teriam-pedido-r-13-1-mi-para-o-caixa-2-do-psd-em-sc-dizem-delatores-9770600.html
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