Um caso envolvendo um parto na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville (SC), gerou indignação na família de um recém-nascido que sofreu um corte nas partes íntimas durante o procedimento. O incidente ocorreu na última segunda-feira (18) e foi divulgado pela avó da criança, que exigiu respostas sobre o ocorrido.

Segundo a avó, o parto foi difícil, mas inicialmente parecia que tudo estava sob controle. Contudo, logo após o nascimento, a família foi informada da necessidade de transferência do bebê para outro hospital devido ao corte.

“Vi meu filho, com as malinhas que foram preparadas com tanto amor, aguardando a ambulância, perdido em meio ao desespero”, escreveu a avó, destacando a comoção e a falta de informações detalhadas no momento.

A bebê foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, onde está sendo acompanhada pelo pai. A mãe, ainda internada na maternidade, permanece em recuperação do parto.

Em nota, a direção da Maternidade Darcy Vargas informou que o parto foi conduzido por dois médicos e destacou a dificuldade do procedimento devido à posição pélvica do bebê – quando ele está sentado no útero, com as pernas e pés em posição que dificulta a retirada. A condição exigiu uma cesariana, durante a qual a lesão foi identificada.

“O recém-nascido foi avaliado pelo pediatra em sala de parto na presença do acompanhante e, posteriormente, transferido para o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria. A mãe segue sob cuidados da equipe multiprofissional, e a bebê, em estado estável, com previsão de alta para os próximos dias”, informou a maternidade.

A instituição também afirmou que o caso está sendo analisado pelo Núcleo de Qualidade e Segurança do hospital, e a equipe médica está em contato com os familiares para prestar esclarecimentos.

A avó da criança afirmou que a família está profundamente abalada e exigiu providências para evitar que outros casos semelhantes ocorram.

“Minha neta merece respeito. Minha família merece respostas e justiça. Não se trata apenas de danos físicos, mas também morais e psicológicos que jamais poderão ser apagados”, declarou.

O caso segue sendo monitorado pelas autoridades de saúde, e a família aguarda o desfecho da análise interna do hospital. ​