
Tragédia
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Fotos: Arquivo pessoal
No início deste ano, a Blumenauense Simone Fusinato Rezende - 44 anos - teve uma atitude ímpar, de amor e dedicação ao próximo. Com a intenção de alegrar uma pessoa realmente 'especial', e envolvida pelos laços familiares, Simone dedicou algumas de suas horas vagas para registrar, em 109 páginas, a história de Eloi Herminio Rezende, o 'Nego', muito conhecido em Rio do Campo.
Natural de Ibirama e residindo em Blumenau há alguns anos, Simone é casada com Vilmar Rezende, o professor 'Neni', e morou em Rio do Campo por um longo período de sua vida, especialmente na infância e juventude. É Servidora Pública Estadual e atualmente atua no Núcleo de Gestão de Convênios da Secretaria de Estado da Casa Civil de SC.
Rezende conta como surgiu a ideia de escrever sobre o amigo e cunhado "Além de cunhada sou amiga do 'Nego', e primeiramente tive a iniciativa por ser um pedido pessoal do Eloi. Aliado a isso, por ter um carinho muito especial por ele e perceber que é uma pessoa super conhecida e querida por muitos na cidade de Rio do Campo", menciona.
Simone diz que a ideia foi transcrever a essência do 'Nego' e registrar especialmente suas lembranças. "A intenção primeira foi resgatar as lembranças sempre relembradas por Eloi, unindo fotos e imagens de seus irmãos, familiares e amigos. Assim, fui elaborando de forma despretensiosa, com muita leveza e descontração, sem perder a seriedade, carinho e dedicação. Dessa forma, em poucos dias elaborei o livro, entre a busca das fotos, memórias, entrevista com Eloi, familiares e a edição final, um tempo aproximado de 90 dias", comenta.
Uma obra simples, carregada de carinho e objetividade, mas com um grande propósito "Posso afirmar com toda segurança, que a simplicidade do livro é inversamente proporcional à grandiosidade da satisfação e alegria do Eloi com o livro em suas mãos. Vale ainda registrar, que a felicidade dele ao ver o livro pela primeira vez foi para mim muito especial, onde tive a certeza que todo meu esforço e dedicação valeram a pena", conta a autora.
A Servidora Pública explica que o livro não foi escrito com intuito de ser publicado "Em princípio foram impressos 20 exemplares, para familiares e amigos próximos".
Relatar a sensibilidade e a maneira especial de Eloi foi a parte mais tocante para a escritora "A parte onde descrevo o seu problema de saúde, aos 2 anos de idade, com um quadro problemático de febre alta, resultando em algumas sequelas perceptíveis até hoje, e por outro lado, a pessoa querida e carismática o qual se tornou. Acredito que sua mãe, Celestina, que ficou viúva ainda muito cedo, com 7 filhos pequenos, é grata e feliz pela família que construiu, tendo o privilégio da permanente companhia do Eloi, sempre muito prestativo e preocupado com seu bem-estar", revela Simone.
Quem teve ou tem oportunidade de conviver com Simone Fusinato Rezende sabe do seu potencial, inteligência, dedicação e zelo que aplica em tudo que faz. Desta forma, a Blumenauense se destaca onde atua, o que justifica a publicação de outras obras de sua autoria, uma delas com tiragem em nível nacional. "Já tive outras experiências, com participações como autora em algumas obras como livro de poesia intitulado, "Nossos Poemas"; em revista pedagógica editada pela Secretaria de Estado da Educação/SC: "Novo Olhar" (material direcionado aos alunos adolescentes das escolas públicas); livro pedagógico, editado em dois volumes (para alunos e professores de toda a rede pública estadual), com tiragem a nível Nacional pelo MEC: "As aventuras de Yara no planeta Oculares" - material firmado entre Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Ministério da Educação (MEC); entre outros materiais, editados na forma de artigos científicos vinculados à formação acadêmica", finaliza Simone.
Algumas partes da vida do 'Nego' que compõem o livro: Eloi Herminio Rezende e sua história
Eloi (Nego), filho de Hermínio Sergio Rezende e Celestina Eyng Rezende, nasceu em Rio do Campo em 05 de setembro de 1961, no ano da fundação do município. Tem seis irmãos: Vilmar (Neni), Eloi (Nego), Walcir (Teixeira), Sedenir (Dico), Reni, Janete e Arlete. Quando Nego nasceu, sua família morava na localidade de Ribeirão Caçador. Nasceu em casa, com a ajuda da tia Maria Eyng, que atuou como parteira.
Ainda quando criança, aos 2 anos, meados de 1963, o Nego ficou muito doente, com febre alta, sendo levado para a localidade de Passo Manso, em Taió, com o jipe do Pancrácio Franzoi. Em Passo Manso, foi atendido pela senhora Matilde Fontanive (mãe do "Tita" Fontanive), onde a mesma disse que se tratava de meningite. Nego e seus pais ficaram durante sete dias em Passo Manso, aos cuidados da senhora Matilde, que o cuidou com ervas, emplastos e remédios homeopáticos. Nego, para alegria da família, finalmente apresentou melhoras. E está aí, esbanjando alegria e entusiasmo.
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Fotos: Arquivo pessoal
Prestes a completar 13 anos, Nego perdeu seu pai. Era dia 26 de agosto de 1974. Um dia muito triste. Era aniversário de seu irmão mais velho, o Neni, que completava 15 anos.
Sempre ao seu lado, sua mãe é seu maior orgulho e seu maior bem. Celestina perdeu muito jovem seu esposo, mas ganhou um eterno e fiel escudeiro - o Nego.
Os aniversários sempre foram muito esperados e comemorados pelo Nego. Afinal, sua vida é uma vitória que precisa ser celebrada com muita alegria. Ele não deixa ninguém esquecer essa data. O bolo nunca faltou.
Nego gosta muito de frequentar a APAE de Rio do Campo. Sempre fala com grande entusiasmo de seus amigos, suas atividades e seus professores. Na APAE fez muitos amigos, entre eles, Jaison Andersen, Maria Largura, Augustinho Meurer e Márcio Oderdenge.
Em casa, junto com a mãe Celestina, adora tomar o famoso chimarrão. Fazem isso todos os dias. Aliás, rotina é com ele. Quase como um ritual, Nego acorda, liga a rádio, na 104,7 FM, toma seu chimarrão e sai para uma caminhada na cidade.
Com sua simpatia e cordialidade, Nego fez muitas amizades na cidade, entre esses, tem um carinho especial pelo amigo Zé Inácio (José Inácio Hernandez Ribeiro), Alírio Valentini e Valdir Polícia (Valdir Barbosa). Esses dois últimos já não moram mais na cidade, mas Nego faz questão de ligar para eles frequentemente.
É importante registrar também, seu apreço ao querido Zeca barbeiro, (José de Mattos), onde faz a barba e corta o cabelo há mais de 40 anos.
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