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Eleições

Venezuela expulsa diplomatas de sete países após proclamação de Maduro como presidente

O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, expulsou nesta segunda-feira, 29 de julho, o corpo diplomático de sete países em resposta à contestação internacional sobre o resultado das recentes eleições presidenciais. Os países afetados pela decisão são Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

A medida foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, que alegou que os países em questão “rejeitaram” a legitimidade do processo eleitoral e se posicionaram contra a vitória de Maduro, proclamado presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no domingo, 28 de julho. A declaração de Gil Pinto acusa esses governos de serem “subordinados a Washington” e de promoverem “ideologias sórdidas do fascismo internacional”.

Os países que tiveram seus diplomatas expulsos se juntam a uma lista de nações que contestaram o resultado das eleições venezuelanas, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Equador, Colômbia, Guatemala e Portugal. Estes governos expressaram dúvidas sobre a transparência e a legitimidade do processo eleitoral.

Por outro lado, a vitória de Maduro foi parabenizada por países como Rússia, China, Irã, Bolívia, Cuba e Nicarágua, que reconheceram a legitimidade do resultado proclamado pelo CNE.

O CNE, presidido por um aliado de Maduro, anunciou que o presidente reeleito obteve 51,2% dos votos, enquanto o opositor Edmundo González teria recebido 44%. No entanto, a oposição contesta os números, alegando que González venceu com uma vantagem significativa, sustentada por pesquisas de boca de urna.

A oposição acusou o CNE de ocultar as atas e manipular os resultados das eleições para favorecer Maduro. Além disso, manifestações contra o resultado ocorreram nas ruas, refletindo o descontentamento de parte da população.

O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre a expulsão dos diplomatas. O Itamaraty declarou que está “acompanhando com atenção o processo de apuração” e aguarda a divulgação de informações mais detalhadas pelo CNE. Segundo o governo brasileiro, a análise dos dados desagregados, que incluem informações das atas e dos locais de votação, é crucial para garantir a transparência e a credibilidade do processo eleitoral.

A situação continua a se desenrolar com tensões internacionais e protestos internos. O governo venezuelano reafirma a legitimidade das eleições e critica a intervenção de governos estrangeiros, enquanto a oposição e observadores internacionais questionam a veracidade dos resultados.​

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