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Quatro pessoas morreram e 44 ficaram feridas durante as manifestações que eclodiram em diversas cidades da Venezuela desde segunda-feira (29), conforme relatado por ONGs locais. Os protestos surgiram em resposta à vitória do presidente Nicolás Maduro nas recentes eleições, cujo resultado foi amplamente contestado pela oposição e pela comunidade internacional.
As mortes ocorreram em Caracas, Aragua e Yaracuy, com uma das mortes confirmada em cada local, e 46 pessoas foram detidas pelas autoridades, segundo a ONG Foro Penal. As forças de segurança dispersaram multidões nas ruas, e em Coro, a estátua do ex-presidente Hugo Chávez foi derrubada pelos manifestantes. Em Maracay, relatos indicam o uso de gás lacrimogêneo contra os participantes.
Os resultados oficiais indicaram que Maduro venceu com 51% dos votos, garantindo um terceiro mandato até 2031. No entanto, pesquisas independentes e o apoio massivo à oposição levantaram dúvidas sobre a transparência da eleição. Edmundo González, candidato opositor, expressou solidariedade com os manifestantes e pediu às forças de segurança que respeitem o direito à manifestação pacífica.
Os protestos incluíram a queima de cartazes e confrontos com a polícia, com manifestações em várias áreas de Caracas, incluindo a grande favela de Petare. O descontentamento popular continua a crescer enquanto o governo enfrenta críticas internas e internacionais sobre a legitimidade do processo eleitoral.
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