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238 pessoas ainda estão desaparecidas
O resgate de corpos sob metros de lama após o rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG) prosseguiu nesta quinta-feira (31) pelo sétimo dia, elevando o balanço de vítimas da tragédia a 110 mortos e 238 desaparecidos.
As cifras anteriores, divulgadas na noite de quarta-feira, eram de 99 mortos e 259 desaparecidos.
Dos 110 corpos recuperados, 71 foram identificados, informou o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador adjunto do departamento de Defesa Civil de Minas Gerais.
A maioria dos corpos encontrados estava "em regiões superficiais", mas a partir de agora, a busca "dependerá mais da escavação e estabilização do solo, o que deve tornar mais lento o trabalho", disse o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
A partir de agora, o trabalho dependerá mais de escavação e estabilização do solo, o que deve tornar mais lenta a operação. "Nós próximos dias, com certeza o número de corpos [encontrados] aumentará. Entretanto, a velocidade de avanço diminui, porque o trabalho é mais minucioso", afirmou o tenente-coronel.
As buscas na região de Brumadinho, cidade de 39.000 habitantes a 60 km de Belo Horizonte, mobilizam centenas de bombeiros e policiais.
A barragem de rejeitos de mineração que se rompeu em 25 de janeiro estava situada na mina Córrego do Feijão, de propriedade da mineradora Vale. A tsunami de lama arrasou parte do município e soterrou instalações da empresa, inclusive um refeitório, em pleno horário de almoço.
Godinho advertiu que os ribeirinhos do rio Paraopeba "não podem consumir água" por causa da contaminação provocada pelos resíduos. Ele assegurou, no entanto, que "nenhuma comunidade, bairro ou cidade (...) vai ficar sem água".
Buscas
Neste sétimo dia de buscas, os trabalhos começaram por volta das 4h. Há mais de 360 militares e 15 aeronaves em operação. As atividades ocorrem em todo o perímetro afetado pela lama - os bombeiros dividiram a área afetada em 18 pontos.
As buscas estão concentradas no refeitório da Vale. De acordo com o porta-voz dos bombeiros, há corpos espalhados "em uma área muito grande". "Só que os que foram encontrados hoje estão nas imediações do refeitório e do pontilhão que desabou", descreveu o tenente Aihara, citando a estrutura que sustentava uma ferrovia e desmoronou.
Mais cedo, ele disse que o raio de buscas deve ir aumentando - a lama se desloca a 1km/h.
Além dos militares, 66 voluntários trabalham no local. Eles fizeram cadastro prévio e estão agindo próximo às áreas quentes, na chamada "zona morta".
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