O custo médio da ceia de Natal no Brasil aumentou 9,16% em 2024, chegando a R$ 439,30, de acordo com uma prévia do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Entre os itens que mais subiram estão o lombo de porco (19,72%), pernil (17,80%), filé mignon (16,87%) e picanha (14,94%). O azeite de oliva foi o produto que registrou maior elevação, com um aumento de 21,3%.

Segundo economistas, os eventos climáticos de setembro e outubro, marcados por seca e queimadas, impactaram a produtividade no campo, agravando a alta nos preços das carnes. Além disso, a menor oferta no mercado interno, somada ao aumento das exportações e à demanda sazonal, também contribuiu para os reajustes.

“O aumento das carnes, além da sazonalidade, é reflexo dos eventos climáticos que afetaram a produção. Esse cenário influencia diretamente o custo da ceia”, explicou Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe.

A alta da ceia de Natal em 2024 está acima da inflação oficial acumulada, que foi de 4,76% nos últimos 12 meses e 3,88% no acumulado do ano, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O economista Guilherme Moreira destacou que, em 2023, as carnes estavam mais acessíveis, enquanto o azeite de oliva liderava as altas. Este ano, a situação se inverteu.

Com os preços dos itens tradicionais como peru, pernil, lombo e chester ainda suscetíveis a novas variações, especialistas recomendam antecipar as compras para economizar.

O aumento médio de 5,81% nos cortes bovinos em outubro reforça a pressão sobre o orçamento dos brasileiros. Produtos como acém (9,09%), costela (7,40%) e contrafilé (6,07%) puxaram a alta, conforme o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Com os custos da ceia em alta, muitas famílias terão de reavaliar as escolhas para a celebração natalina. Apesar disso, especialistas apontam que, com planejamento, é possível contornar os preços elevados e manter as tradições de fim de ano. ​​