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Em uma longa publicação veiculada pelo periódico The Wall Street Journal, a articulista Mary Anastasia O’Grady analisou as políticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e alertou sobre os riscos que elas podem trazer ao Brasil. O’Grady aponta que as ações do líder petista, tanto no âmbito interno quanto externo, estão levando o país a um “buraco cada vez mais profundo”.
O texto menciona que a democracia e a política econômica antes sólida no Brasil estão em declínio sob o governo de Lula. Entre os principais pontos criticados estão o déficit público crescente, a proposta de taxar bilionários e o histórico de corrupção associado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
A articulista sugere que as decisões de Lula externam um apego a ideias socialistas ultrapassadas, semelhantes às adotadas por regimes de inspiração corporativista centralizada. Ela o classifica como um “dinossauro da Guerra Fria”, sugerindo que sua visão está desatualizada e que seu desejo de concentração de poder pode prejudicar o país.
Mary Anastasia O’Grady também discute a postura de Lula na arena internacional, sugerindo que o Brasil sob sua liderança estaria buscando substituir os Estados Unidos como a potência dominante na América do Sul. No entanto, ela questiona se o Brasil possui o peso econômico e a autoridade moral necessários para essa ambição. A jornalista pontua ainda que o país pode estar buscando uma posição de hegemonia regional, mas sem a base sólida para sustentá-la.
O artigo não se restringe apenas ao Brasil; ele também faz um paralelo com outros países da América Latina, retratando uma suposta tendência de erosão da democracia e da economia de mercado. Um exemplo citado é o caso do México, sob a liderança da presidente Claudia Sheinbaum. A jornalista relata que, desde que assumiu o poder, Sheinbaum consolidou o controle sobre o governo, enfraquecendo a independência do Judiciário e dos órgãos reguladores, além de lidar com a expansão do crime organizado.
A matéria conclui que a América Latina, em grande parte, está abandonando o capitalismo democrático em favor de um nacionalismo autoritário, o que estaria levando a região por um caminho arriscado. O’Grady alerta que, ao abandonar a responsabilidade fiscal e adotar políticas populistas, o Brasil pode se tornar uma “república de bananas”.
Via Folha do Estado
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