Câmara de Rio do Sul vota na segunda-feira (22) se abre processo de cassação contra a vereadora Sueli de Oliveira por suspeita de fraudes na saúde

A Câmara de Vereadores de Rio do Sul decide na próxima segunda-feira (22) se dará início ao processo de cassação do mandato da vereadora Sueli Teresinha de Oliveira (PSD). A denúncia, apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), aponta supostas fraudes em licitações e desvios de recursos da saúde envolvendo a parlamentar e outras 11 pessoas.

Segundo a Procuradoria Jurídica da Casa, o pedido cumpre todos os requisitos legais e está pronto para ser votado. Caso a admissibilidade seja aprovada, será formada uma comissão processante para conduzir as investigações, que poderão se estender por até 90 dias.

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Como será a votação

De acordo com o procurador jurídico da Câmara, Roberto Bastos, a sessão não analisará o mérito da denúncia neste momento.



“O plenário vai decidir apenas se existem indícios que possam configurar quebra de decoro”, explicou Bastos.


A decisão será tomada por maioria simples dos votos, com leitura da denúncia e parecer jurídico antes da votação. Sueli não participará desta sessão, e seu suplente, Ítalo Goral, será chamado para manter o quórum.

Comissão processante e prazos

Se a denúncia for admitida, a comissão terá prazo de até 90 dias para investigar, ouvir testemunhas e apresentar relatório final. Para a cassação ser aprovada, é necessário o voto de dois terços dos vereadores — sete parlamentares. Nessa fase, o presidente da Câmara, Ruan Cipriani, também vota.

Até o fim do processo, a vereadora permanece no exercício do mandato.

Caso é raro na cidade

Segundo Bastos, há mais de 20 anos não é instaurada uma comissão processante contra vereadores em Rio do Sul. Tentativas anteriores foram direcionadas apenas a prefeitos e acabaram rejeitadas em plenário.


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