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'A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira'

Muitos consideraram o tema fácil demais para uma prova tão importante para o futuro dos jovens brasileiros. Críticas negativas, independente do tema escolhido, sempre haverão, faz parte de uma sociedade acostumada a reclamar e que pouco faz na íntegra. O que realmente importa é o quão é importante a reflexão em relação ao tema. São em torno de 7 milhões de jovens, que por um momento, tiveram que parar para pensar, refletir sobre o assunto. Jovens que vivenciam ou não este tipo de violência em casa. Jovens que por um instante vão pensar na sua vida e na dos outros, e vão analisar fatos e acontecimentos e então decidir que posicinamento terão a respeito. Imagine o seu filho pensando, refletindo, analisando o que escrever. Isto pessoal, não tem preço! Talvez este tema seja o precursor para mudar a vida de muitas pessoas, principalmente dos adolescentes e jovens que logo serão adultos, e não, não é utopia acreditar que um simples tema pode mudar uma vida. Dos 7 milhões dos inscritos no ENEM, a maioria vai comentar a prova em casa, e talvez neste momento, aquele homem, que comete violência contra sua esposa, namorada ou com quem tenha qualquer outro tipo de relacionamento, se estiver ouvindo, sinta-se envergonhado daquilo que faz, talvez repense seus conceitos e até faça uma autoanálise, que o levará a mudar radicalmente. E se por acaso este homem tiver feito isso apenas uma vez, talvez não haverá uma segunda. São tantos "talvez" que vale a pena acreditar. E quando falamos de violência contra a mulher, não se trata apenas de violência física, há também a psicológica, que é a pior, destrói a autoestima, causa depressão, afeta diretamente as capacidades femininas. Ematomas saem com o tempo, cortes cicatrizam, mas, uma mente abalada e um coração destruído, esses nunca mais se consertam. Entre a mulher e o homem há forças incomparáveis, tanto físicas quanto psicológicas. Então não podemos dizer que são partes iguais. Ser igual e ter igualdade de direitos são coisas bem diferentes. E por favor, não digam que defender esta causa - a do tema da prova -  é apologia ao feminismo, criar um filho ouvindo isso, é o que faz de um menino um homem violento, machista e cheio de preconceitos.

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