O governo de Santa Catarina está em negociação com o Banco Mundial para obter um financiamento de US$ 150 milhões (cerca de R$ 815 milhões) destinado a obras de prevenção de enchentes no Vale do Itajaí. A iniciativa faz parte de uma estratégia para encontrar condições de crédito mais vantajosas do que as oferecidas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que disponibilizou um empréstimo de aproximadamente meio bilhão de reais para o Estado.

Segundo o secretário de Defesa Civil, Fabiano de Souza, o financiamento internacional é preferível devido às condições potencialmente mais favoráveis. O PAC, embora tenha selecionado projetos de Santa Catarina, não destinou recursos a fundo perdido, mas sim por meio de financiamento, o que exige reembolso, ainda que em parcelas.

Dentre as obras prioritárias previstas na primeira fase do programa "Proteção Levada a Sério" estão as barragens de Mirim Doce, Petrolândia e Braço do Trombudo, além da dragagem dos rios em Rio do Sul. A segunda etapa incluirá barragens em Botuverá e Pouso Redondo, que já têm financiamento aprovado pelo governo federal.

O Estado avalia, portanto, se deve utilizar o financiamento federal ou se é mais viável buscar o empréstimo junto ao Banco Mundial, que ainda precisa passar por diversas etapas de aprovação, incluindo a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), a Assembleia Legislativa e o Senado.

A decisão final sobre qual financiamento será utilizado deve considerar a capacidade de endividamento do Estado e as condições oferecidas pelos potenciais credores.​​