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Lava Jato

Gilmar Mendes anula condenações de José Dirceu na Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (28) anular todas as condenações do ex-ministro José Dirceu, no âmbito da Operação Lava Jato, acolhendo o pedido da defesa que alegava parcialidade no julgamento feito pelo ex-juiz Sergio Moro. Essa decisão foi baseada em precedente de 2021, no qual o STF declarou Moro parcial em processos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na investigação sobre um imóvel triplex em Guarujá.

José Dirceu, condenado em 2016 por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, havia recebido uma sentença de 23 anos e 3 meses de prisão. A defesa de Dirceu argumentou que a condenação fazia parte de um "conluio" entre Moro e membros do Ministério Público Federal (MPF) para prejudicar o Partido dos Trabalhadores (PT).

Após a divulgação da decisão, o senador Sergio Moro criticou Mendes, afirmando que a condenação foi respaldada por várias instâncias, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e que não há evidências de conspiração. Moro argumentou que a decisão enfraquece o combate à corrupção no país. Em reação, o ex-procurador Deltan Dallagnol, outro membro proeminente da Lava Jato, afirmou que Dirceu, após a anulação, poderia retomar seus direitos políticos e se candidatar em 2026.

A Operação Lava Jato sofreu diversas reviravoltas desde 2019, quando o site Intercept revelou comunicações entre Moro e os procuradores da força-tarefa, o que levou o STF a questionar a imparcialidade das decisões tomadas na operação.​

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