Prefeita de Trombudo Central receberá alta neste sábado, confirma assessoria |
O presidente Lula demitiu nesta terça-feira (30) o diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti. A troca ocorre um dia depois da Polícia Federal deflagrar mais uma fase da operação que investiga a suposta espionagem ilegal pelo órgão, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moretti ocupava o cargo de diretor adjunto da Abin desde março de 2023. Delegado da Polícia Federal, ele assumiu em março de 2022 a Inteligência do órgão, cargo que ocupou até o fim do governo Bolsonaro. Após a eleição de Lula, ele foi mantido na Abin em decorrência da sua relação com o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa.
Os diretores de sete departamentos da agência também serão substituídos. O cientista político Marco Cepik, que atualmente comanda a Escola de Inteligência da Abin, será o substituto de Moretti. O novo número 2 da agência já foi diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (Cegov) em Porto Alegre (RS).
Conluio entre investigados e atual gestão
A suspeita da PF é de que a Abin, durante o mandato de Jair Bolsonaro, atuou como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades. A investigação cita um possível conluio entre investigados na operação e a atual gestão da agência.
Conforme o g1, a avaliação do governo federal é de que, apesar de não haver uma denúncia concreta contra Moretti, o nome do ex-diretor passou por um processo de desgaste, principalmente com a desconfiança por parte do governo federal sobre a relação dele com Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, com quem Moretti trabalhou entre 2019 e 2021, como secretário-executivo da Segurança Pública do Distrito Federal.
Mais cedo, Lula admitiu que se ficasse comprovado que Moretti favoreceu investigados pela Polícia Federal, não haveria clima para ele permanecer no órgão.
— Esse companheiro (Côrrea) montou a equipe dele, dentro da equipe dele tinha um cidadão (Moretti), que é o que está sendo acusado, que mantinha relação com o Ramagem, que é o ex-presidente da Abin do governo passado, inclusive relação que permaneceu já durante o trabalho dele na Abin. Se isso for verdade, está sendo provado, não há clima para esse cidadão continuar — afirmou Lula.
Deixe seu comentário