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A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, nesta quinta-feira (15). A defesa dele não se manifestou sobre o indiciamento, conforme informações do R7.
A investigação teve início durante a Operação Nexum, conduzida pelo Decor (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado). Além de Jair Renan, Maciel Carvalho, instrutor de tiro do filho de Bolsonaro, também foi indiciado como principal alvo da operação policial.
Maciel Carvalho já possuía registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo, de acordo com o processo. Até o momento, a defesa de Carvalho não foi localizada.
Em nota, a Polícia Civil informou que o processo continua sob sigilo, não fornecendo mais detalhes sobre o caso. A Operação Nexum revelou um grupo investigado que utilizava funcionários "laranjas" para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas. Movimentações bancárias eram realizadas em nome de terceiros, utilizando dados de contadores sem o consentimento destes.
Jair Renan, conhecido como "04", é o quarto filho de Bolsonaro, fruto de seu relacionamento com Ana Cristina Valle. Ele já havia sido alvo de investigações anteriores, inclusive pela Polícia Federal em 2021, quando um inquérito foi aberto para apurar seus negócios.
Na ocasião, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal mencionou que a investigação derivava de um procedimento preliminar sobre possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo empresarial do setor de mineração e o filho de Bolsonaro.
Em agosto do ano passado, durante a mesma operação, a Polícia Civil do Distrito Federal realizou apreensões na casa de Jair Renan, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde foram encontrados um celular, um HD de computador e documentos. O investigado não foi conduzido para depoimento na ocasião.
Jair Renan já foi alvo de outras operações da Polícia Civil Distrital, como a Operação Succedere, que investigou crimes tributários por uma organização especializada em emissão ilegal de notas fiscais, e a Operação Falso Coach, que apurou o uso de documentos falsos para registro e comércio de armas de fogo, além da promoção de cursos e treinamentos de tiro.
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