Quando lemos a Palavra de Deus, que é mais que um livro, mas o próprio Jesus Cristo. Somos conduzidos espiritualmente por uma dinâmica maravilhosa. Por um verbo que permeia toda a Bíblia. O verbo crescer. Verbo esse que carrega em si as potencialidades que Deus depositou em cada um de nós. Sendo assim, a Palavra de Deus nos ilumina; 'seguindo a verdade em amor, cresceremos em tudo' (Ef. 4,15). A Palavra de Deus nos propõe um crescimento integral, tal como aconteceu com Jesus: "E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens" (Lc 2,52), é assim que devemos crescer na vida, de forma total e integral.

Mas o que estamos vendo crescer hoje? A proposta da Palavra de Deus para nós é um crescimento integral. Humano e espiritual. Um crescimento para o alto. Para valores absolutos que nos faz assemelhar-nos ao Próprio Jesus. Todavia, cresce em nossa sociedade a impiedade, a desonestidade, roubos... Tantas outras mazelas nascidas do coração humano que faltaria espaço para discorrermos. Falando desse crescimento do mal, lembramos das palavras do grande Rui Barbosa que assim disse: 'De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto'. Infelizmente estamos com vergonha de sermos honestos. O crescimento da impiedade diminui nas pessoas a consciência do bem. E chega-se assim à 'arena' do vale tudo para ter qualquer coisa. Destarte até os Cristãos paladinos do bem se escondem. Ao invés de serem fermento na massa e fazerem a massa crescer pelo bem. Acabam-se nivelando por baixo. O Cristão que devia viver como águia para o alto, vive como tatu. Passa a vida cavando.

Porém, diante desse cenário do crescimento da impiedade, deve-se crescer uma nova lógica, um novo ardor... Que é a prática do bem. A vida reta. O perfeito uso da razão, para a finalidade central da vida, o bem. Bem esse que possui um rosto: Jesus Cristo. Isso Significa dizer que nossa vocação, tanto individual quanto coletiva, é crescer. Isso se faz conjugando prática com discurso. Tal como nosso mestre Jesus. A isso chamamos coerência de vida.

Então, a pergunta fundamental que devemos nos fazer é essa: Estou crescendo? O que me impede de ser mais? Quais as amarras que me prendem à terra? Se conseguirmos responder essas perguntas, já é um passo de crescimento. Um sinal claro de maturidade de alguém que não vive um pragmatismo cego. Mas que enxerga uma razão última para viver. Crescer em todos os sentidos. Até alcançarmos a estatura de Jesus Cristo. Nosso sumo bem.