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PSDB catarinense defende desembarque do governo Temer
O pedido de saída do PSDB do governo de Michel Temer foi aprovado pela executiva catarinense durante a convenção estadual da sigla, neste sábado (11), em São José, na Grande Florianópolis. No encontro também foram eleitos os membros do novo diretório e da nova executiva. Por aclamação, o deputado Marcos Vieira foi reeleito para seguir conduzindo o partido até 2019. Participaram cerca de duas mil pessoas, entre militantes e dirigentes políticos.
[caption id="attachment_10543" align="aligncenter" width="696"] Foto: José Somensi/Divulgação PSDB-SC[/caption]
Para Marcos Vieira, o PSDB catarinense acredita que chegou a hora da sigla deixar de fazer parte do governo federal, e que os ministros nomeados por Temer devem desocupar os cargos. Ele explica que uma moção foi elaborada apresentando os motivos que levariam o PSDB de Santa Catarina a propor tal medida, porém, não adiantou detalhes do conteúdo do documento.
Contudo, a decisão definitiva sobre a saída ou a permanência de tucanos no governo federal deverá acontecer somente na convenção partidária nacional, em dezembro.
Cenário estadual de 2018
Vieria afirma que a expectativa é de que o PSDB tenha candidato próprio à presidência da República e também governo do Estado. A preferência, diz ele, é pela "chapa pura". Nos discursos durante a convenção deste sábado, dois nomes despontaram como possíveis candidatos em Santa Cataria: o senador Paulo Bauer e o próprio deputado Marcos Vieira. "O PSDB tem nomes testados nas urnas e que também já governaram". Entretanto, ele mesmo faz referência a outros nomes, como o deputado Leonel Pavan, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, e o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes.
Movimentações na esfera nacional
Na última quinta-feira (9), o presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves, destituiu do cargo o também senador Tasso Jereissati, que vinha exercendo o comando interino da legenda. Logo em seguida, Aécio indicou o ex-governador de São Paulo Alerto Goldman para conduzir a sigla até a convenção nacional do partido. Em um comunicado enviado a Jereissati, Aécio afirmou que a medida seria para garantir a "desejável isonomia entre os postulantes" na disputa pela presidência do PSDB. Jereissati havia registrado no dia anterior a sua candidatura para disputar a presidência do partido.
Tal gesto acabou causando reflexos em alguns Estados. O presidente da legenda em Santa Catarina pediu cautela na condução das decisões nacionais. "Estamos pedindo juízo às nossas lideranças maiores para não levar ao caos o PSDB, que já governou o Brasil em duas oportunidades. Quero acreditar que o bom senso vai imperar". Vieira acredita num entendimento nas correntes internas, o que acabaria convergindo para a candidatura de Geraldo Alckmim à presidência da República. Ele aposta no nome do governador de São Paulo como uma figura capaz de unir as diferentes posições dos tucanos.
Convenção nacional
A delegação de tucanos catarinenses aptos a votar na convenção nacional de dezembro é a terceira maior entre todos os Estados brasileiros, à frente do Rio Grande do Sul e do Paraná. A votação dos delegados estaduais do partido será em bloco, ou seja, conforme a decisão do diretório de Santa Catarina.
A posição de destaque dá condições para exigir uma participação maior de políticos de Santa Catarina no diretório nacional. Marcos Vieira revela que a articulação é para alçar o nome de Paulo Bauer como presidente nacional do PSDB. Caso isso não se concretize, explica Vieira, o pedido é de que o senador assuma pelo menos como primeiro vice-presidente.
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