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Treta

Moisés responde a Bolsonaro: 'não é momento para ser politizado'

  • - Por: Dagmara Spautz - NSC

'Disputas, tencionamento, não queremos isso. Aqui nós não estamos praticando isso'

Os governadores voltaram a ser atacados pelo presidente Jair Bolsonaro esta semana, após a repercussão do infeliz "e daí?" - resposta de Bolsonaro ao aumento no número de mortes por covid-19 no Brasil. Na coletiva de imprensa de quarta-feira à noite, o governador Carlos Moisés (PSL) respondeu à provocação.

Fiel ao estilo pouco afeito ao embate direto, o governador evitou citar diretamente o presidente. E defendeu que se evite "politização" da pandemia.

- Não é momento para ser politizado, para ser polemizado, para ser polarizado, que é o que normalmente tem acontecido. Disputas, tencionamento, não queremos isso. Aqui nós não estamos praticando isso - afirmou.

O governador emendou, falando sobre as dificuldades de enfrentar um vírus novo, cuja evolução só se pode prever por projeções.

- O inimigo que nós temos hoje é único, é o coronavírus. E o enfrentamento da doença, da covid-19.

Os governadores que adotaram medidas de isolamento social - já afrouxadas em SC - têm sido alvo das críticas de Bolsonaro há semanas. Negacionista da pandemia, o presidente procura colar nos estados a responsabilidade pela recessão econômica que o país enfrentará na chamada "segunda onda" de crise, após a fase mais aguda da covid-19.

O novo ataque do presidente coincidiu com a primeira conversa do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, com os governadores. Na reunião, que teve participação do governador Carlos Moisés, o ministro anunciou a habilitação de mais 175 leitos de UTI em Santa Catarina, e sinalizou para o envio de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde. 

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