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Polícia Federal desmantela esquema bilionário de lavagem de dinheiro em SC

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Em uma ação coordenada para combater crimes financeiros, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (7) a Operação Deadcoin, focada em desmantelar uma organização criminosa suspeita de praticar estelionato e lavar dinheiro em diversos municípios do Sul do Brasil. A operação foi iniciada após investigações apontarem que o grupo vinha atuando com fraudes financeiras que afetaram milhares de pessoas, sobretudo na região do Oeste Catarinense.

A ação cumpre 28 mandados de busca e apreensão em nove cidades, incluindo Jaraguá do Sul (2), Chapecó (2), São Miguel do Oeste (3) e Joinville (1), em Santa Catarina, além de Caxias do Sul (13), Bento Gonçalves (2), Três Coroas (1), Portão (3) e Sapiranga (1), no Rio Grande do Sul.

Segundo informações da PF, a organização oferecia investimentos com promessas de altos rendimentos, que inicialmente eram pagos para conquistar a confiança das vítimas. Em uma segunda fase, após novos e maiores depósitos, os clientes não recebiam mais retornos e não conseguiam reaver o valor investido, que era bloqueado sem justificativa.

Durante as investigações, a PF também detectou um esquema de engenharia financeira sofisticada, voltado para a evasão de divisas para paraísos fiscais e lavagem de capitais. O grupo teria usado os recursos obtidos nas fraudes para a aquisição de bens de alto valor, como automóveis e imóveis de luxo, localizados fora do país.

Entre as medidas judiciais emitidas na operação estão:
- A expedição de dois mandados de prisão preventiva, a serem cumpridos no Rio Grande do Sul;
- O acionamento da INTERPOL para localizar e deter investigados que estão foragidos;
- A retenção dos passaportes de um dos suspeitos, com alvos em São Miguel do Oeste (SC) e Caxias do Sul (RS).

As autoridades informaram que os envolvidos poderão responder por crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e evasão de divisas. Somadas, as penas máximas para esses crimes podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

A Operação Deadcoin está em andamento, e a Polícia Federal continuará monitorando o caso para obter mais informações e identificar possíveis novos envolvidos.​​

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