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O requerimento pela prisão preventiva foi feito pelo Promotor de Justiça
A prisão em flagrante de um casal suspeito de matar uma mulher grávida a fim de ficar com o bebê, em Canelinha, foi convertida em prisão preventiva a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A manifestação para a conversão foi feita no sábado (29) e deferida em seguida pelo Juízo da Comarca de Tijucas.
O requerimento pela prisão preventiva foi feito pelo Promotor de Justiça Fred Anderson Vicente no sábado, em regime de plantão, após as apurações iniciais e a confissão da investigada apontarem a realização de um crime bárbaro e premeditado.
Neste mesmo dia ocorreu o velório e sepultamento de Flavia Godinho Mafra. Segundo as provas até o momento produzidas, a investigada teria levado a vítima para um local ermo, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a matou.
Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada teria usado um estilete para realizar, de forma precária, o parto da recém-nascida.
Em seguida, a investigada foi até o Hospital de Canelinha e informou que o filho da vítima era seu e que teve que fazer o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no seu pós-parto.
A equipe do hospital que atendeu a demanda e percebeu que as informações seriam controversas, e acionou a Polícia Militar, que constatou o crime.
"O nível de periculosidade dos agentes, aliado às peculiaridades do caso, como a frieza com que o crime foi perpetrado, inclusive com prévia e extensa organização dos atos, leva a crer que a ordem pública certamente estaria abalada com a liberdade deles, digo mais, estaria fortemente abalada", argumentou o Promotor de Justiça.
O caso será acompanhado pela Promotora de Justiça Mirela Dutra Alberton, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tijucas, com atribuição para atuar na esfera criminal.
"Aguardamos agora a conclusão de uma série de diligências que estão sendo realizadas pela Polícia Civil e pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), a fim de termos elementos suficientes para o oferecimento de denúncia criminal", informou a Promotora de Justiça.
Já a situação do bebê é acompanhada pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tijucas, que tem como atribuição a área da infância e juventude.
Uma das primeiras medidas foi requerer medida liminar, deferida pela Justiça, para preservar a imagem da criança, que circulava em redes sociais em desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
A recém-nascida
A bebê sofreu cortes de estilete no corpo durante o parto forçado. Ela segue internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Ela ainda está sob a tutela do Conselho Tutelar de Canelinha.
Segundo informações do delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, a previsão é que a bebê seja entregue ao pai, Valdeli Mafra, após receber alta do hospital, prevista para esta semana.
A reportagem do nd+ não conseguiu contato com o pai da criança. Dani Mafra, cunhada da vítima, explicou que toda a família está "chocada com tamanha brutalidade".
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