Um estudo feito na década de 1960, pelo então arqueólogo João Alfredo Rohr, revela que o sítio já teve uma altura de aproximadamente 70 metros. A revelação deste estudo feito na época é do arqueólogo da Universidade do Sul Santa Catarina (Unisul), Geovan Martins Guimarães. Ele ressalta que o sítio, hoje, possui uma altura de apenas 30 metros, no máximo, e que é preciso que a comunidade conheça e abrace a causa para a preservação. "A intensidade das depredações tem oscilado ao longo dos anos, a depredação pela prática de motocross, automóveis e com a chegada de novos moradores, que desconhecem a importância do sítio, são a combinação de fatores que colocam em risco este patrimônio", revela o arqueólogo.  

O sítio recebeu recentemente um novo cercamento com madeira tratada. A ação foi uma parceria entre a empresa Sibelco, prefeitura de Jaguaruna e Espaço Arqueologia de Tubarão. Geovan alerta para que trabalhos educativos sejam realizados a fim de conscientizar sobre a importância e os cuidados necessários. "Além do cercamento, atividades educativas precisam ser desenvolvidas a fim de possibilitar à população o conhecimento sobre os sambaquis e seus construtores, ou seja, conhecer uma importante fase da história regional". Mesmo com a diminuição significativa na altura, o sítio ainda é um dos maiores amontoados construídos de conchas no mundo. "No início dos anos 2000, com o cercamento, houve uma redução significante destes impactos, porém, com a falta de manutenção da cerca, infelizmente foi sendo depredado", conclui.

Ainda no início dos anos 2.000, um projeto bastante audacioso, onde preparava para visitação e preservação do local, foi bastante discutido. A nossa reportagem buscou informações sobre o mesmo, mas não obtivemos êxito. O prefeito Edenilson Montini da Costa frisou que é importante a valorização e a preservação do patrimônio histórico. "Os sítios arqueológicos são locais onde se encontram vestígios de atividade humana, construções antigas e preservar significa não perder a história, demos o primeiro passo na construção da cerca evitando maiores depredações, mas vamos trabalhar para que a comunidade também abrace a preservação".