Brasil é acusado de apoiar proposta para banir filtros de cigarro na COP do Tabaco e setor produtivo reage
data atualização
19/11/2025 16:29
Proposta teria sido apoiada pela delegação brasileira sem aviso prévio ao Parlamento
O terceiro dia da Conferência das Partes para o Controle do Tabaco, COP do Tabaco, em Genebra, registrou forte reação após declarações do deputado federal Rafael Pezenti. Segundo o parlamentar, o Brasil teria apoiado uma proposta realizada junto ao Panamá para eliminar o uso de filtros de cigarro, medida que não constava nas informações oficiais enviadas pelo governo ao Parlamento antes do evento.
Parlamentares afirmam que posicionamento diverge da resposta enviada pelo governo
Pezenti afirma que o governo federal declarou, em resposta formal, que não havia tratativas sobre banimento de filtros na conferência. Entretanto, ao chegar ao evento, ele afirma ter sido surpreendido pela defesa da medida por representantes da delegação brasileira.
Críticos temem aumento do contrabando caso o banimento avance
A proposta prevê a retirada total dos filtros dos cigarros. Representantes do setor argumentam que esse componente seria o único elemento que reduz parte do impacto direto da fumaça ao fumante. Parlamentares e produtores alertam ainda que, se o Brasil deixar de permitir a fabricação de cigarros com filtro, o contrabando tende a aumentar, especialmente de produtos vindos do Paraguai, onde a produção permaneceria inalterada.
Delegação brasileira busca apoio internacional para barrar o avanço da proposta
Segundo representantes do país, já há articulações com delegações estrangeiras, incluindo parlamentares europeus, para tentar impedir o avanço do banimento. Reuniões continuam ao longo da semana para reavaliar o tema.
Setor produtivo acompanha com preocupação
Produtores rurais e indústrias do tabaco afirmam que não foram consultados e temem impactos imediatos na cadeia produtiva. A COP do Tabaco segue até o fim da semana e novas decisões podem alterar o cenário para o setor.
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