Morte de menina de 11 anos por meningite em Santa Catarina traz alerta
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A menina de 11 anos que morreu vítima de meningite bacteriana estava com a vacinação em dia, conforme a DVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) de Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina. A criança morreu no dia 27 de fevereiro, no Hospital Infantil Pequeno Anjo.
Ainda conforme a DVE, a vacina que previne os casos de meningite por pneumococo – que vitimou Júlia Eduarda Medeiros – é feito em crianças de 2, 4 e 12 meses. Esse imunizante protege contra os tipos mais frequentes de Pneumococo, mas não de todos.
A cobertura vacinal de imunizantes que protegem contra diferentes tipos de meningite registra uma queda gradual ao longo dos últimos anos. Em 2022, a cobertura atingiu índices melhores que no ano de 2021, contudo foi mais baixa que anos anteriores.“Temos, infelizmente, a cobertura abaixo da meta para todas as vacinas. Então, é preocupante, porque com a cobertura baixa podemos registrar um aumento no número de casos, e de crianças e adolescentes ficando doentes por meningite”, destaca a gerente de imunização da Dive de Santa Catarina, Arieli Fialho.
A gerente acrescenta que vários fatores podem colaborar para abaixa cobertura vacinal. Entre eles, Arieli destaca que, muitas vezes, pais e responsáveis acabam deixando de levar os filhos vacinar, por trabalharem nos horários que as unidades estão funcionando e aplicando a vacina.
Outro fator seria a propagação de informações falsas, que tentam desacreditar a eficácia e a importância dos imunizantes.
“Atribuímos a diversos fatores, um dos principais é o próprio sucesso da vacinação, porque com a implantação de várias vacinas no calendário vemos a diminuição de várias doenças. Isso pode causar uma falsa sensação de segurança na população, que pode acreditar que a doença não exista mais. Mas, pelo contrário, precisamos continuar vacinando para que algumas doenças não retornem ou para não apresentarem aumento no número de casos”, explica.
Arieli salienta serem disponibilizadas na rede pública cinco vacinas que protegem contra vários tipos de meningite e estão disponíveis para a população. Os imunizantes fazem parte, principalmente, da vacinação da primeira infância, mas há vacina que pode ser aplicada em adolescentes, por exemplo.
“Os pais e responsáveis precisam ficar atentos e levar as crianças e adolescentes, com as cadernetas de vacinação, para uma unidade de saúde, onde o vacinador irá olhar e colocar em dia as que faltam ser aplicadas”, diz.
“Importante que procurem as unidades para manter a vacinação em dia”, reforça. Segundo ela, a vacina é importante para não agravar a doença, e evitar hospitalizações e óbitos.
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