Moisés diz que não há previsão para retorno do transporte coletivo e aulas presenciais em SC
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Governador afirmou que aulas, presenciais, eventos e transporte não tem prazo para retomada
- Por: Canoinhas Online
"Os números [de casos de Covid-19] em Santa Catarina ainda são favoráveis se comparados com de outros estados do país", disse Carlos Moisés, em entrevista coletiva nesta segunda (27), que contou a cúpula da Segurança Pública do Estado: Polícia Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Instituto Geral de Perícias (IGP).
Contudo, o elevado número de vítimas fatais já registrados no país fez com que o Governo do Estado chamasse à responsabilidade todos os catarinenses para que levem a sério o convívio responsável: uso de máscaras, higienização constante das mãos, evitar aglomerações e principalmente ficar em casa sempre que possível for.
Essas atitudes são imprescindíveis para que não seja necessário a volta de restrição de algumas atividades que já foram liberadas.
Nesta segunda, o número de infectados no mundo passou de 3 milhões, com mais de 200 mil mortos. No Brasil já são 4.545 mortos. "É um número assustador", disse Carlos Moisés.
O governador lembrou que sempre está falando "o pior ainda está por vir" e a população deve ter isso em mente. Não é porque Santa Catarina está com números baixos (comparado a outros estados), que está imune ao perigo.
Esses números são graças as medidas tomadas antecipadamente, com a colaboraçao dos catarinenses, com o objetivo de achatar a curva de contágio e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde.
Apesar de mencionar que os números em Santa Catarina ainda são favoráveis, o Governo deixou bem claro, durante a entrevista, que a tendência é que sejam publicadas novas medidas, talvez até suspendendo algumas atividades, sem prazo para retomá-las, sem delimitar um prazo final.
A sinalização de Carlos Moisés de que novas medidas vem por aí, se deu ao ser questionado sobre o retorno do transporte coletivo e reuniões de público. Essas atividades, conforme decreto, seguem suspensas até dia 30 de abril.
-Os decretos do Governo do Estado não dizem quando vai voltar, eles dizem até quando estão suspensos. E eles são renováveis. O fato do decreto dizer que estão suspensas até o final de abril e maio determinadas atividades, não quer dizer que elas retomem após essas datas, afirmou o governador.
Educação (aulas presenciais), eventos (shows, cinemas, etc) e transporte urbano/municipal, interestadual e intermunicipal não tem prazo para retomada porque os números não indicam segurança para esse tipo de atividades, segundo o governo do estado.
Isto significa que antes do dia 30 de abril, o decreto que previa a volta de algumas atividades, será alterado.
O governo diz que analisa diariamente a curva (números de infectados e mortes por coronavírus) para dosar no sentido de afrouxar ou flexibilizar atividades. Ou restringir ainda mais.
Tudo isso vai depender do comportamento dos catarinenses, em seguirem as regras e medidas de segurança.
-Santa Catarina está começando o seu combate. Teremos dias que vão apresentar muitos desafios. Isso não é só aqui, basta olhar para países que já passaram pela pandemia. O Brasil tem ainda números baixos se observarmos o efeito e mortes que esse vírus provocou em países muito menores que o nosso. Nós vamos trabalhar para que consigamos diminuir ao máximo os efeitos da Covid-19 em nosso estado, afirmou Carlos Moisés.
FISCALIZAÇÃO
O trabalho de fiscalização foi intensificado na última semana no estado e tem gerado bons resultados.
-Nós contamos com a colaboração de todos os catarinenses, o que tem acontecido. Ao mesmo tempo, o Estado não pode fechar os olhos para quem infringe as normas, afirmou o governador.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Araújo Gomes, das 8,7 mil fiscalizações realizadas na última semana pela corporação, apenas 205 necessitaram algum tipo de intervenção.
O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, delegado-geral Paulo Koerich, informou que a Polícia Civil também já realizou mais de 3 mil atividades de fiscalização e lembrou do fechamento de fábricas que estavam produzindo álcool em gel adulterado.
O diretor-geral do Instituto Geral de Perícias (IGP), Giovani Adriano, por sua vez destacou que o trabalho em colegiado tem ajudado na realização de trabalho integrado, com ganhos diretos à população.
"Antes cada organização atuava de maneira mais isolada. Agora, a integração é total, o que ajuda em ações mais assertivas. É um modelo que tem dado muito certo", destacou Adriano.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Charles Vieira, disse que a instituição também está atuando na fiscalização das medidas de isolamento social, com foco na prevenção.
"Esse trabalho preventivo sempre foi realizado pelo Corpo de Bombeiros. Com a pandemia, agora estamos atuando em benefício da saúde pública", disse Vieira.
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