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?Com o calor decorrente da estação mais quente do ano, o verão, são comuns as pancadas de chuvas nesse período, especialmente ao final das tardes quando ocorrem as chamadas chuvas de verão, que por muitas vezes vêm com força, provocando estragos por onde passam.
O setor agrícola, que é predominante na região, tem sofrido com essas alterações climáticas, principalmente devido aos ventos fortes e granizo. É especialmente nesse período que a produção de tabaco, uma das culturas mais fortes da região, é realizada. E diante do inevitável que envolve as ações climáticas, o que fazer?
A principal solução para os produtores de tabaco tem sido o seguro da safra. Para saber como o seguro funciona, a equipe JATV conversou com o Gerente Técnico da Afubra - Associação dos Fumicultores do Brasil, Paulo Vicente Ogliari, de 55 anos.
Conforme informações do gerente, a Afubra atende cerca de 3.380 produtores de fumo na região, sendo 2.358 em Santa Terezinha, 558 em Rio do Campo, 332 em Taió e 131 em Salete.
Diante das imprevisíveis ações da natureza, Paulo entende que o produtor aderir ao seguro de safra disponibilizado pela empresa oferece mais tranquilidade para o trabalho. "Dará segurança no caso de granizo, se perderem total ou parcial suas lavouras de tabaco".
O tabaco é a única cultura que a Afubra trabalha e, segundo Ogliari, dá cobertura às lavouras de tabaco quando ocorre granizo. Já nas estufas, oferece auxílio reconstrução quando tem tabaco no interior e sofrem prejuízos com queima, vendaval, granizo e raio. "Também oferece auxílio funeral para o titular cônjuge e filhos menores que moram com os pais", conta Paulo.
Para aderir ao seguro o produtor precisa estar atento ao período de contratação oferecido pela empresa "O período para contratação inicia geralmente após a assembleia, que ocorre em meados de julho de cada ano, onde é feita a prestação de contas do exercício e aprovação dos novos valores para a próxima safra, e vai até 31 de outubro", explica Ogliari.
Conforme Paulo, o produtor pode contratar o seguro de safra através de seu orientador da empresa fumageira ou deslocar-se à filial da Afubra mais próxima. "No sul do Brasil mais de 85% dos produtores possuem seguro", revela o Gerente Técnico.
Somente na safra atual, 2018/2019, os danos às plantações são inúmeros, afirma Paulo. "No sul do Brasil nesta safra já temos mais de 400 casos de prejuízo total, onde o tabaco já estava totalmente desenvolvido e não tinha sido colhido nenhuma folha. Já prejuízos parciais, temos mais de 20 mil atendimentos registrados".
Ogliari explica quais os procedimentos da empresa após um produtor informar os danos "O produtor comunica o sinistro, então a empresa envia um avaliador para fazer o levantamento.
O pagamento somente ocorre no momento da comercialização, onde é retido o valor das ordens de pagamentos dos associados e repassado para aqueles que têm prejuízo com granizo. A Afubra dá a cobertura das lavouras e cobra a taxa somente no final da safra, no momento que o associado comercializa seu tabaco", explica.
Quanto à porcentagem da safra que o seguro cobre, Paulo diz que pode variar de uma safra para outra "Depende da safra. No ano que a empresa compra bem o porcentual da Afubra é menor e nos anos que as empresas são mais rigorosas na compra a participação, em porcentual, da Afubra é maior, mas varia de 60% a 75%", revela o Gerente Técnico.
Conforme Ogliari, o produtor é ressarcido no período da comercialização, no início de março, e após a liquidação da ordem de pagamento do associado.
A Afubra atua há mais de seis décadas no auxílio ao produtor
A entidade surgiu no dia 21 de março de 1955, com sede em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, primeiramente, chamada de Associação dos Plantadores de Fumo em Folha no Rio Grande do Sul, com foco apenas nos agricultores do estado. Organizada por produtores de tabaco, em virtude da carência da união entre os agricultores e, visando os interesses na comercialização de tabaco.
Os benefícios de se ter uma associação de agricultores, despertou interesse em produtores de Santa Catarina e do Paraná, que também queriam ter as vantagens que a entidade oferecia. Por isso, no dia 24 de julho de 1963, durante a assembleia geral, ficou definido que a organização atuaria nos três estados Sul do País, tornando-se a Associação dos Fumicultores do Brasil - Afubra. Neste mesmo ano, a Afubra foi reconhecida como utilidade pública pelo decreto 8.304, do dia 6 de dezembro, na época assinado pelo governador do Rio Grande do Sul, Ildo Meneghetti.
A Afubra, entidade de classe sem fins econômicos, surgiu em virtude de duas condições básicas e fundamentais:
1. Instabilidade do mercado e de preços do tabaco. Na década de 50 uma crise se abateu sobre o setor. A produção de fumos não aceitos pelo mercado gerou estoques elevados. Com isto, a indústria estabelecia os preços que lhe convinha e nem sempre comprava toda a produção. O produtor recebia o pagamento somente no final da comercialização ou na safra seguinte. Com o surgimento da Afubra, os preços passaram a ser negociados e o pagamento realizado à vista. O aperfeiçoamento do sistema integrado, a pesquisa e introdução de variedades de tabaco que atendessem o consumidor, foram conquistas importantes com a interferência da Afubra.
2. Inexistência de auxílio econômico contra danos por granizo nas lavouras. As diversas instituições sondadas para bancarem um tipo de seguro rural, declinaram do convite, alegando alto risco. A Afubra resolveu idealizar um plano próprio com base no sistema mutualista. Cumprindo com os aspectos sociais a que se propôs, objetivando a segurança e tranquilidade do fumicultor, a entidade se consagrou em uma das maiores organizações mundiais do gênero.
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