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Saúde

Ministério da Saúde confirma duas mortes por febre Oropouche

Nesta quinta-feira, 25 de julho, o Ministério da Saúde confirmou as primeiras mortes no país relacionadas à febre Oropouche. Até o momento, não havia registro na literatura científica mundial sobre óbitos causados por essa doença. As vítimas são duas mulheres que residiam no interior da Bahia, ambas com menos de 30 anos e sem comorbidades. Elas apresentaram sinais e sintomas semelhantes aos de dengue grave.

O ministério está investigando um caso de morte em Santa Catarina e a possível relação de quatro interrupções de gestação e dois casos de microcefalia com a febre Oropouche, em Pernambuco, Bahia e Acre. Foi descartada a relação entre a febre e uma morte no Maranhão.

No último dia 11, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica recomendando aos estados e municípios o reforço na vigilância da saúde pública para a possibilidade de transmissão vertical do vírus. A nota visa também orientar a sociedade sobre a arbovirose. A decisão foi tomada após o Instituto Evandro Chagas detectar o genoma do vírus em um caso de morte fetal e anticorpos em amostras de quatro recém-nascidos com microcefalia.

Apesar dessas descobertas, o ministério ressaltou que ainda não há evidências científicas consistentes sobre a transmissão do vírus Orov de mãe para bebê durante a gestação, nem sobre o efeito da infecção em malformações fetais ou aborto.

Até o momento, foram registrados 7.236 casos de febre Oropouche em 20 estados brasileiros, com maior incidência no Amazonas e em Rondônia. Desde 2023, a detecção da doença no Brasil foi ampliada através de testes de diagnóstico na rede pública em todas as regiões.

A febre Oropouche é uma doença viral transmitida principalmente pela picada do mosquito maruim (Culicoides paraensis) e por espécies do mosquito Culex. O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960.

A febre Oropouche pode ser confundida com dengue, apresentando sintomas como febre súbita, dor de cabeça, dor muscular, dor articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Os sintomas duram de dois a sete dias, e até 60% dos pacientes podem ter recidiva dos sintomas uma a duas semanas após o início. A maioria dos casos evolui de forma benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.

Atualmente, não há tratamento específico para a febre Oropouche, e o manejo da doença se concentra no alívio dos sintomas.

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