
Cenipa extrai dados das caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo

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Foto: Divulgação / Força Aérea Brasileira -
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) anunciou neste domingo, 11 de agosto, que conseguiu extrair todo o conteúdo das duas caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo, interior de São Paulo. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa pelo chefe do Cenipa, brigadeiro Marcelo Moreno.
De acordo com Moreno, os dados das caixas-pretas, que registram informações sobre o voo como altitude, velocidade e comunicações na cabine, foram obtidos e validados. Agora, esses dados serão analisados pelos investigadores em Brasília para transformar as informações em dados úteis para a sociedade.
Além da análise das caixas-pretas, o processo de investigação inclui a remoção e análise dos motores da aeronave. Iniciada na última sexta-feira, 9 de agosto, a remoção dos motores está sendo conduzida no Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), em São Paulo. Os motores serão segregados e examinados por um engenheiro qualificado para verificar se estavam em funcionamento durante o impacto.
O Cenipa também recebeu representantes da Agência Francesa de Investigação de Acidentes Aéreos (BEA França), que é responsável pela fabricação da aeronave, e espera a chegada de investigadores da Agência Canadense de Segurança no Transporte (TSB), que fabrica os motores da aeronave.
Detalhes do acidente
O acidente ocorreu na tarde da última sexta-feira, quando um avião de médio porte da companhia Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, caiu em Vinhedo. O voo, que partiu de Cascavel, no Paraná, estava a caminho do Aeroporto Internacional de Guarulhos, com previsão de pouso às 13h50. No entanto, a aeronave perdeu altitude, caiu e explodiu.
O avião, um ATR 72-500 turbohélice, tinha capacidade para até 68 passageiros e contava com 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo. Segundo a Voepass, a companhia está oferecendo suporte aos envolvidos no acidente. Não houve sobreviventes e ninguém no solo foi atingido.
Entre as vítimas estavam quatro catarinenses: Diogo Boeira Ávila, farmacêutico de 42 anos; Paulo Henrique da Silva Alves, engenheiro sanitário de 39 anos; Rafael Fernando dos Santos, servidor do Ministério Público de Santa Catarina, de 41 anos; e Liz Ibba dos Santos, de 3 anos, filha de Rafael.
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