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Foto: Kremlin.ru / Creative Commons CC BY 4.0
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (18) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que classificou como “ameaças” dos Estados Unidos. Washington havia aumentado a recompensa por informações que levem à captura do líder venezuelano e lançado uma operação antidrogas no Caribe.
“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas”, afirmou Maduro em ato transmitido pela TV estatal.
Criada por Hugo Chávez e hoje composta por cerca de 5 milhões de reservistas, a Milícia passou a ser um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Maduro reforçou que, além do apoio militar, espera o fortalecimento de bases camponesas e operárias ligadas ao chavismo.
“Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”, disse Maduro, ao pedir que fábricas e comunidades organizem suas próprias milícias.
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Recompensa de US$ 50 milhões por Maduro
O governo dos Estados Unidos dobrou, no início do mês, a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, passando de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (cerca de R$ 273 milhões). Washington acusa o líder chavista de narcoterrorismo e de comandar operações de tráfico de drogas em parceria com grupos como o cartel mexicano de Sinaloa e a facção venezuelana Tren de Aragua.
Segundo a procuradora Pam Bondi, a DEA já confiscou 30 toneladas de cocaína relacionadas a Maduro e aliados. O Departamento de Justiça também afirma ter apreendido mais de US$ 700 milhões em bens, incluindo jatos, veículos e outros ativos.
As relações diplomáticas entre Caracas e Washington estão rompidas desde 2017, quando o então presidente Donald Trump intensificou sanções contra o regime chavista e reconheceu Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Apesar das medidas e embargos, Maduro se manteve no poder, e a oposição encerrou o governo paralelo de Guaidó em 2023.
Mesmo com a retórica dura, canais de negociação pontuais continuam abertos, principalmente em casos envolvendo cidadãos americanos presos na Venezuela.
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