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As pessoas precisam de humanidade

 Nós queremos ser felizes, nem que para isso paguemos um preço alto. Nos últimos meses estamos assistindo de camarote o louco desejo de nossos líderes políticos na busca da felicidade; nem que isso custe a eles alguns anos de cadeia ou o vexame público. Nada disso importa porque quando almejamos ser felizes corremos atrás fazendo até coisas que Deus duvida.

  Existe por de trás de cada pessoa um forte desejo de realização narcisista que caminha desde a primeira infância onde tudo é exclusivo e unicamente dela. Começando no nascimento, na amamentação, nos primeiros choramingos, no colo, nos primeiros passos. Na questão do cuidado e da atenção e mais um monte de outras coisas que deixam suas marcas profundas na alma quando não bem trabalhadas e desenvolvidas nas fases da infância. Vejo isso muito presente em boa parte de nossas lideranças hoje. 

 Algumas crianças interiores não cresceram! Outras ainda querem permanecer gritando dentrode nós. E outras, nós as alimentamos conscientemente e aqui está a criança chamada de insatisfação. A insatisfação é uma criança com complexo fortíssimo de Peterpan. Ela não deseja crescer de jeito algum e a melhor forma de mantermos ela dentro de nós viva é dando a ela a falsa impressão de felicidade chamada nos últimos tempos de dinheiro, lucro, luxo, bens materiais e vários cartões de crédito. Para isso a gente é capaz de roubar, trair, lucrar indevidamente, enganar, extorquir, mentir e mais cruel ainda: matar quem se sujeita a bloquear o caminho da felicidade. É ou não é assim? 

 Esta tal felicidade leva muitos para o inferno. E aqui não estou falando daquela realidade que está para além do tempo; que se encontra na eternidade. Falo dos infernos humanos e mundanos como as prisões brasileiras, os hospitais e as escolas públicas. Quer um lugar melhor de onde se origina o desejo da falsafelicidade? Não existe outro lugar. Aqui no Brasil as coisas começam e terminam por aí na vida de muitas pessoas que alimentam infantilmente esta criança birrenta.

  Uma pergunta que se poderia fazer é porque estas pessoas que nos deveriam fazer o bem fazem o contrário? Já não basta o que tem e o que ganham? A resposta é não. Não, porque estas pessoas são egoístas. Elas buscam tudo pra elas e nadapara os outros. Por isso são narcisistas. No discurso
delas a coletividade e o compromisso são argumentos sérios e a gente até acredita, mas depois tudo muda. 

 O que precisamos é formar pessoas em humanidade. O que precisamos é de homens e mulheres capacitados e disciplinados na sua humanidade. Não basta pessoas com boas ideias, bons discursos e cara feia. Não mesmo! Precisamos de humanidade, esta nos custa caro e ela não está nos bolsos dos mais ricos e nem no banco das escolas ideologizadas. Humanidade é um termo que nos apresenta a realidade dura, seca e triste das pessoas. Humanidade é um valor credenciado na
existência. Ela não é por si só, ela é um todo. Ela não pode ser só. Sozinha ela não existe. A humanidade é um nós. 

 Quando as pessoas perdem a sua humanidade elas perdem tudo e perdendo tudo o que há de humano elas se tornam coisas mais desprezível. Sendo capaz de roubar, mentir, abusar, enganar e matar. Onde não existe humanidade também não existe o Outro. Onde não existe humanidade a pessoa não cresce e, se crescer, é só de tamanho. Tudo o restante fica para trás infantilizado e inseguro, resultando em um individualismo e narcisismo medonho. No Brasil isto já começou há tempos. Aliás, desde o tempo de Adão e Eva.

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