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Quase metade da população se sente insegura
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PMSC / Imagem Ilustrativa -
Pesquisa encomendada pelo DAV apontou que 41,29 % dos moradores estão insatisfeitos com a segurança
Que o medo de furtos ou até crimes mais violentos como assaltos e assassinatos tem feito parte da vida dos moradores de Rio do Sul nos últimos anos é um fato, mas agora, foi tema de uma pesquisa encomendada pelo Jornal Diário do Alto Vale e realizada em parceria com a Academia Política do Brasil. O levantamento apontou que 41,29 % da população se sente insegura.
O questionário foi realizado nos dias 20 e 21 de fevereiro com 528 entrevistados e apontou ainda que o percentual de cidadãos totalmente satisfeitos com a segurança pública é de apenas 17,42%. Já 36,75% dos moradores que participaram da pesquisa, afirmaram que para eles o desempenho do setor é indiferente.
Na pesquisa, os moradores também podiam dar uma nota para a segurança pública de Rio do Sul, de 0 a 10, sendo que o setor alcançou a média geral de 5,8. Ainda em relação à nota, o maior percentual de entrevistados, 21,97%, classificou o atendimento como nota 5, enquanto 19,70 % deu a nota 7 e 17,05% a nota 6. Outro dado que chama a atenção é que 3,79 % dos entrevistados preferiram dar a nota 0 e 4,55% não opinaram em relação à nota.
Após o resultado, o DAV ouviu lideranças do município para comentar sobre a pesquisa. O comandante do 13° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Renato Abreu, afirmou que a sensação de segurança é um sentimento não tangível e que pode variar a medida que uma localidade registra algum crime. "Penso que em alguns momentos e locais onde a presença da Polícia Militar não é tão frequente e acontece determinado evento, essa comunidade possa se sentir insegura, mas a PM de Rio do Sul e do Alto Vale tem trabalhado forte em operações, barreiras, posto de comando de trânsito, varredura e serviço de inteligência no combate ao tráfico de drogas sempre para tentar minimizar ao máximo as ocorrências, principalmente as que envolvem violência", comentou.
Ele declarou ainda, que através dos grupos da Rede de Vizinhos a PM também tem trabalhado essa sensação de segurança. "Eu sempre ouço o pessoal falando muito bem da Polícia Militar no sentido de estar presente, de ver na rua em operações. A gente se baseia nos nossos índices que são ainda bastante aceitáveis e muito melhores que várias outras regiões do estado, e viemos ao longo dos últimos anos reduzindo alguns índices, entre os principais de furtos e roubos".
Já o prefeito de Rio do Sul, José Thomé, afirmou que o município tem investido na área de segurança e citou a abertura de concurso para contratação de mais 10 agentes para a Guarda Municipal, a licitação para a compra de duas viaturas que totalizam R$ 190 mil com equipagem, além da capacitação dos guardas para que possam utilizar armas. "A prefeitura está preocupada com isso e mostra em suas atitudes que com ações efetivas vamos ao encontro com esse sentimento. Depois de 11 anos da Guarda Municipal, ela terá o primeiro concurso, depois de sete anos a Guarda vai receber veículos novos e de um porte que nunca teve. Vamos armar eles e dar segurança para quem promove segurança e isso mostra a nossa preocupação. Outro fator são os convênios com as instituições de segurança pública em Rio do Sul que foram todos retomados em fevereiro de 2017, onde passamos a repassar recursos para a Polícia Militar e Polícia Civil".
Sobre a pesquisa
A pesquisa avalia diversos setores da administração pública e até a percepção dos moradores em relação à vários serviços, que avaliam diversos setores, ouviu pessoas de 16 até mais de 60 anos. Do total de entrevistados, 9,47% tinham entre 16 e 24 anos, 22,35% de 25 a 34 anos, 29,55% de 35 a 44 anos, 24,62% de 45 a 59 anos e 14,02% tinham mais de 60 anos. As mulheres representaram 49,24% dos entrevistados enquanto os homens corresponderam a 49,24%.
O levantamento foi feito em diversos bairros da cidade. A maior participação, 40,53%, é de moradores dos bairros Barra Itoupava, Bela Vista, Bremer, Budag, Canoas, Canta Galo, Eugênio Schneider, Laranjeiras, Progresso, Santa e Sumaré. Já 31,82% dos que responderam à pesquisa vivem no Centro e Jardim América. Outros 27,65% moram na Albertina, Barra do Trombudo, Barragem, Boa Vista, Fundo Canoas, Navegantes, Pamplona, Taboão, Valada Itoupava e Valada São Paulo.
Helena Marquardt
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