Obras de elevação da BR-470, em Laurentino, já estão em andamento |
Calor intenso, sol, férias e muitas pessoas procurando maneiras para se refrescar, seja nas águas agitadas do mar, ou nas calmas e tranquilas de um rio, lago ou piscina. Porém, muitos esquecem de tomar os cuidados necessários e o que seria uma diversão pode se transformar em transtornos e, até mesmo, numa tragédia. Em Santa Catarina, um dado alarmante merece atenção especial nesta temporada. O Corpo de Bombeiros registrou 38 afogamentos seguidos de morte entre 1º de outubro de 2018 e 15 de janeiro de 2019. No mesmo período do ano passado, foram 23 mortes. Isso representa um crescimento de 65,2%.
Dos 38 óbitos registrados nesta temporada (out/2018 - jan/2019), 24 ocorreram em água doce, todos em áreas não monitoradas. Em água salgada foram 14 mortes, sendo duas em áreas guarnecidas e 12 em locais sem a presença do guarda-vidas.
Considerando o ano de 2018 (1/jan - 31/dez), foram registrados 49 óbitos. Dessas mortes, 34 foram em água doce e em áreas sem guarda-vidas. No mar, foram 15, sendo que apenas uma morte foi em local com a presença da corporação. Isso graças ao intenso trabalho de prevenção realizado pelo Corpo de Bombeiros.
O tenente Ian Triska, instrutor de salvamento aquático e chefe de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros Militar, explica que a maioria dos locais de óbitos por afogamento ocorrem em água doce, como rios, represas, lagoas e cachoeiras, onde não há a presença da corporação.
São vários os fatores. O tenente relata que no interior do estado muitas pessoas não têm o hábito de praticar natação e a profundidade dos rios de uma hora para outra pode aumentar. Sem contar as correntezas, que são fortes. Também é muito comum o uso de embarcações, às vezes precárias, e sem o uso dos coletes. Outro fator constatado é a ingestão de bebidas alcoólicas que, associadas aos fatores citados, podem colaborar para as mortes por afogamento, assim como a falta de supervisão com as crianças. "A educação é imprescindível para que este número de mortes seja reduzido", observou.
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