O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) virá ao Estado segunda quinzena de janeiro de 2024, para assinar o contrato de concessão temporária do Porto de Itajaí. A assinatura estava prevista para esta sexta-feira (15), com a presença do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A solenidade, no entanto, foi desmarcada às pressas. A Superintendência do Porto de Itajaí que o reagendamento levou em conta a agenda presidencial.

A operação será tocada pela empresa Mada Araújo Asset Management, que venceu o edital lançado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O contrato prevê a operação do porto por um período de dois anos, até que seja feito o novo leilão de concessão, com prazo de 35 anos.

O Porto de Itajaí não movimenta contêineres desde a virada de ano, quando encerrou o prazo regular de arrendamento da multinacional APM Terminals. Desde então, o terminal recebe apenas carga geral, como veículos.

A economia de Itajaí tem sofrido as consequências queda de movimentação impactou no rendimento dos trabalhadores portuários, que atuam por escala, e reduziu a arrecadação do município.

Escolha política

A presença de Lula na assinatura do contrato tem um peso político para o governo. Era responsabilidade da União lançar edital para o leilão de arrendamento do porto ainda em 2022, diante do iminente término do contrato com a APM Terminals. Mas o governo Bolsonaro terminou com o porto sem operador, e sem que o processo de concorrência estivesse “na rua” – o que originou prejuízos em cadeia.

Esta não será a primeira vez de Lula no Porto de Itajaí. Em 2010, ele participou da entrega das obras de reconstrução do cais, que foi danificado na enchente histórica de 2008.​​