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A crise provocada pela decisão do governador Carlos Moisés da Silva, aumentando em 17% a alíquota do ICMS sobre defensivos agrícolas, monopolizou os debates desta tarde na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

O governador foi duramente criticado pelo teor de entrevista concedida a um jornal paulista em que define como "excrescência política" a concessão de incentivos para os defensivos agrícolas em Santa Catarina.

O deputado Kennedy Nunes assumiu a tribuna para condenar o conteúdo da entrevista, classificando-a de ideológica e sem consistência técnica ou científica. E comparou com a entrevista do engenheiro agrônomo Glauco Olinger, em que ele mostra de forma didática e com base técnica o uso de remédios para combater pragas contra lavouras e contra animais.

O ex-secretário da agricultura, deputado Moacir Sopelsa, do MDB, apresentou um requerimento, aprovado por unanimidade, cumprimentando o ex-secretário Glauco Olinger pela qualidade de suas observações sobre os problemas da agricultura e os defensivos agrícolas, usados em todos os países do mundo, e fundamentais na produção de alimentos.

Uma sucessão de deputados de vários partidos fez intervenção com apartes, todos criticando o governador Moisés da Silva e enaltecendo a manifestação do agrônomo Glauco Olinger.

Os deputados alertaram para a gravidade da entrevista de Moisés da Silva, classificando os defensivos de venenos na entrevista ao jornal paulista. Esta interpretação irresponsável estaria colocando dúvidas sobre a qualidade dos alimentos produzidos em Santa Catarina.Durante toda a sessão nenhum deputado saiu em defesa das posições do governador.

NSC