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Governador Carlos Moisés da Silva (Foto: Guilherme Hahn / BD)
O governador Carlos Moisés da Silva agendou para quinta-feira uma audiência com os dirigentes das entidades agrícolas, juntamente com a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, para tratar da crise gerada pelo aumento de 17% do ICMS sobre defensivos agrícolas.
A informação foi dada pelo secretário da Casa Civil, Douglas Borba, ao líder do governo Maurício Eskudlark. Moisés pretende ouvir os setores que reagiram energicamente ao aumento da carga tributária e, sobretudo, contra as desastradas declarações sobre os defensivos.
A data marcada pelo governador, contudo, levanta dúvidas. Quinta-feira é dia 22 de agosto e o prazo para que ele se manifeste sobre o projeto 236, que prorroga os benefícios fiscais à agricultura até 31 de agosto, termina no dia seguinte, dia 23. Indagação que se repete: diante de um assunto tão grave e de inédita repercussão em todo o Estado, por que o governador já não abriu um espaço na agenda no fim de semana para ouvir os agricultores? O próprio líder governista questionou a data distante.
O deputado Mauricio Eskudlark, que representa o Oeste, está impressionado com o grande desgaste que o governo Moisés vem sofrendo. Lamentou, ao destacar que a atual gestão vinha bem com redução de custos e projetos inovadores.
Ele defende uma solução definitiva sobre o problema, com novo projeto do Executivo a ser enviado ao legislativo.
Isolamento
O governador Moisés é contra incentivos fiscais à agricultura por considerar defensivos agrícolas uma "excrecência política". Todas as sete federações empresariais do setor produtivo estão contra. Os 35 deputados estaduais que estiveram na sessão que aprovou os incentivos também se posicionaram contrários. E até a vice-governadora Daniela Reinehr declarou-se a favor dos agricultores. Afinal, quem apoia as posições do governador catarinense?
Por Moacir Pereira
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