Bombeiros auxiliam Defesa Civil em limpeza de rios em Rio do Sul |
Torcedores da Chapecoense, de Santa Terezinha e Rio do Campo, expressam um pouco como está o sentimento, após o acidente aéreo desta semana.
Luiz Carlos Teczak, 41 anos, Funcionário Público e agricultor, reside na cidade de Santa Terezinha há cinco anos e torce para a Chapecoense há 8 anos "Desde 2008, quando na época trabalhei por um ano na Fetraf-Sul em Chapecó". Com o avanço do Clube nas divisões do Campeonato Brasileiro e por ser a primeira equipe de futebol catarinense a chegar a uma final de uma competição internacional, o torcedor Luiz expressa "Eu me senti e me sinto representado pela equipe e dirigentes, gente da comunidade, envolvida". Após o acidente aéreo, Luiz afirma que ficou sem chão "Não dá para acreditar. Neste momento a distância nos deixou tão perto. Um grupo próximo da comunidade, meu cunhado, Antônio dos Santos, que reside em Chapecó frequenta assiduamente a Arena e disse que nunca sentiu algo assim. Lá é comum encontrar jogadores, equipe técnica em supermercados, restaurantes, entre os moradores da cidade, entre cidadãos comuns". Sobre a equipe do Atlético Nacional ter solicitado à Conmenbol para declarar Chapecoense campeã da Taça Sul-Americana de Futebol, Luiz define "Postura gigante, mas nada substitui as vidas". Quanto a reestruturação da Chapecoense, Luiz afirma "A lição de gestão foi dada. É um clube pequeno, do interior, como dito por dirigentes de grandes clubes, mas mostrou ao mundo como deve ser uma gestão financeira e pessoal de um clube, e ter reconhecimento por competência e dedicação. Planejamento de gastar somente o que arrecada, porém pagar em dia o salário dos jogadores. Os patrocinadores locais são envolvidos com o clube, a comunidade e empresários são sócios, torcedores apaixonados pelo Chape. Enquanto na maioria dos clubes brilha a estrela de um atleta, no oeste brilha uma estrela chamada Chapecoense. Santa Catarina precisa contribuir para ter seu time de volta na competição nacional e internacional. O empréstimo de jogadores pode ser uma alternativa inicial, ajuda com dinheiro, estrutura, mas o emocional, as vidas não voltam, as lembranças de conquistas de 2009, Série D do Brasileiro a 2016, final da Sul-Americana. O sentimento, a superação, não depende de terceiros, só com os envolvidos com o Clube", define Luiz.
Sérgio Luiz Merisio, 51 anos, farmacêutico, reside em Rio do Campo há 25 anos e desde que nasceu torce pela Chapecoense "Carinhosamente conhecida por 'Chape'", frisa. Sérgio sempre estava por dentro das competições que a Chapecoense participava "Sempre procurava assistir aos jogos pela televisão e quando estava em Chapecó, visitando minha família, procurava acompanhar a equipe indo na Arena Índio Condá". A família divide esse amor pelo time "Todos os meus familiares acompanham o time, uns mais, outros menos. O clube é a alegria da cidade de Chapecó". Sobre a ascensão do time, Sérgio relata "A satisfação é muito grande em ver um clube pequeno, sem grandes orçamentos, chegar aonde chegou em tão pouco tempo. Em apenas cinco anos saiu de um calendário esportivo onde disputava somente o campeonato estadual para a elite do cenário nacional e internacional. A receita do sucesso foi o povo chapecoense junto com os empresários e o poder público ter abraçado o time, formando uma diretoria com pessoas sérias, honestas e comprometidas com o clube. Com tudo isso divulgou a cidade de Chapecó e o estado de Santa Catarina no cenário mundial". Com o acidente aéreo, Sérgio expressa a dor, mas acredita na superação "Com certeza foi uma das piores tragédias que já aconteceram com o esporte mundial. Acabou o sonho de um time e de uma cidade e região. Agora Chapecó está de luto, mas isso vai passar". Sérgio ficou feliz em saber que a equipe do Atlético Nacional solicitou à Conmenbol para declarar a chapecoense campeã da Taça Sul-Americana de Futebol "Fico feliz com a solidariedade do time colombiano, mas nesta hora o mais importante não é o título e sim orar a Deus que conforte às famílias que perderam seus filhos e pais". Com a união de todos a Chapecoense irá se reestruturar "Com a ajuda de todas as pessoas envolvidas no esporte mundial e pelo amor que a cidade de Chapecó tem pelo time, logo vamos ter outra equipe competitiva. A Chapecoense está dentro do coração, com fé e esperança vamos torcer cada vez mais pelo Verdão do Oeste", frisa Sérgio.
Neuri Miguel Kiichler, 46 anos, contador, sempre residiu em Santa Terezinha, e conta como começou a torcer pela Chapecoense "Sempre tive simpatia pelo time, mas como torcedor vim no mesmo embalo que o time vinha, a cada acesso, a cada vitória, e agora então a Chape se torna time do coração". Com as conquistas que o time foi somando, Neuri fica feliz "É um orgulho, principalmente de ver que Santa Catarina está bem representada no futebol brasileiro e a agora que se tornaria um fenômeno mundial, pela sua rápida ascensão, o sonho foi interrompido". Após o desastre aéreo que impediu a equipe de seguir, Neuri sente-se consternado com o que aconteceu "Sem dúvidas o sentimento é grande, a perda é muito grande, depois do nosso manesinho (Guga) seria a nossa Chape a dar alegrias não só aos torcedores, mas sim aos catarinenses", e ficou feliz com a atitude da equipe do Atlético Nacional ter solicitado à Conmenbol para declarar a Chapecoense campeã da Taça Sul-Americana de Futebol "Seria um prêmio à equipe mais regular da competição e um gesto desportivo muito bonito de um clube brilhante como o atlético nacional". Neuri acredita que haverá a superação e em breve terá uma nova equipe "Acredito que a cidade de Chapecó abraçou a causa, abraçou a equipe e com a ajuda nacional e até internacional isso ocorra rapidamente, com dor e lágrimas a equipe atual ficará na memória e no nosso coração. E viva a Chape".
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