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Plantio de soja em Rio do Campo aponta crescimento
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divulgação - Propriedade Sr Erasmo Pavlak
Anualmente, o plantio da safra da soja tem início no final do mês de outubro e início de novembro. Já o período de colheita, ocorre entre o final do mês de março e início de maio.
Conforme a Secretaria Municipal de Agricultura, o cultivo da soja teve início no município de Rio do Campo no ano de 2011. O primeiro registro de venda com nota fiscal de produtor no município foi no mesmo ano, sendo a produtora pioneira Celina Quiranty, residente na localidade do Rio da Prata, interior do município; também Enos Quirant e Isidoro Henrique Verdi.
De 2011 para cá os números da produção têm crescido significativamente. Em 2016, o município registrou 64 produtores do grão, que juntos venderam um total de 3 milhões de Kg de soja, que representou naquele período 4,5% da receita agropecuária do município. O valor médio por saca de 60kg, em 2016, era R$ 62,20.
Já os dados de 2017, apresentaram uma pequena queda em relação a safra anterior, mas somente no número de famílias produtoras que baixou de 64 para 63 e no valor médio da saca que ficou em torno de R$ 58,54. Pois a quantidade produzida alcançou 4.100 toneladas do produto vendido, um total aproximado de 4 milhões de reais, equivalendo a 5% da produção agropecuária econômica da cidade.
Conforme o técnico agrícola da Secretaria de Agricultura de Rio do Campo, João Marcos de Brito, a quantidade de soja colhida por hectare pode sofrer variações, devido a alguns fatores "Vários fatores, desde a semente, o manejo com o solo e com a cultura; a adubação foliar, enfim, todos os investimentos e cuidados feitos durante a safra podem influenciar na quantidade final colhida por hectare. Mas, são áreas específicas, geralmente ,que colhem melhor. A média geral é entre 55 e 60 sacas por hectare, conforme dados que temos em registros dos anos anteriores na secretaria", diz João Marcos.
Para a safra deste ano, os produtores contam com um pequeno aumento no valor da saca, em relação a safra anterior, que deve alcançar a média de R$ 60,73 o saco de 60kg. Mas, conforme o setor de agricultura, o valor é simbólico, pois a maior parte do produto encontra-se em depósito.
No município, órgãos direcionados ao setor agrícola como Epagri, Secretaria Municipal de Agricultura, Cooperativas, Agropecuárias; através de visitas técnicas e dias de campo
procuram fornecer toda informação e conhecimento para os produtores da cultura, visando maior produtividade e consequentemente lucratividade.
A produção de soja de Santa Catarina na safra atual deve atingir 2,52 milhões de toneladas, aumento de 5% ante o ciclo anterior. Se atingido, o volume será recorde, segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, que fez a projeção com base em levantamento do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). O crescimento leva em conta aumento de 8% na área plantada, que soma 708 mil hectares.
O avanço da soja no estado se deu sobre áreas antes ocupadas com milho, pastagens, feijão e frutas. A produtividade esperada é de 3,5 toneladas por hectare. Segundo as estimativas do Epagri/Cepa, a região de Xanxerê terá a maior produção do Estado, de 522 mil toneladas, crescimento de 6% em relação à safra anterior.
Ainda no final do mês de fevereiro de 2018, em nota, o Secretário da Agricultura do Estado, Moacir Sopelsa, atribui o aumento da produção ao potencial de rentabilidade da soja. "Os agricultores fazem suas contas e optam pelo que é mais rentável. Em Santa Catarina a produção de soja está diretamente ligada à cadeia produtiva de carnes", diz ele. A soja também se tornou importante item na pauta de exportações do Estado. De janeiro a novembro de 2017, o Estado embarcou para o exterior 1,8 milhão de toneladas da oleaginosa, incremento de 18% ante o ano anterior.
Como produtor, você está satisfeito com a safra atual da soja?
Bruno Janning, tem 47 anos, sempre foi agricultor e reside também na comunidade de Rio da Prata, em Rio do Campo.
"Juntamente com meu irmão, José Janning, produzimos soja há 6 anos e nesta safra, que estamos acabando a colheita por esses dias, plantamos 315 hectares. Anteriormente, trabalhávamos com gado de leite e fumo, optamos por produzir soja, visto que o gado de leite era muito trabalhoso e não tínhamos rendimento, decidimos começar com a cultura na nossa região e fomos os primeiros, em maior escala. Literalmente foi um tiro no escuro, e por esse motivo fomos alvo de chacotas, ouvimos muita gente dizer que aqui não era lugar de plantar soja, que não iria dar certo. E hoje o discurso mudou, a questão é a disputa por um pedaço de terra para plantar a soja, tem bastante gente começando a produzir também. A soja é uma cultura mais firme para lidar e o preço dela é mais estável. Em ralação ao ano anterior, nesta safra tivemos uma quebra por causa do clima que não foi propício. Colhemos na última safra uma média de 63 sacas por hectare e neste ano a estimativa é de 50 sacas por hectare. Pretendemos sim continuar plantando, sempre procurando melhorar".
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