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Na jornada da vida, é impossível não lembrar como a primeira experiência é marcante e pode ajudar na definição do futuro. Desde o primeiro passo, seguido do primeiro tombo, as primeiras vezes nos ensinam não somente a como ter sucesso, mas também que é possível errar e recomeçar, em uma contínua busca pela superação. Um círculo virtuoso baseado em aprendizados.
Em um País repleto de jovens, onde 25% da população possui entre 14 e 29 anos, é importante que uma das primeiras experiências não seja somente valorizada, mas incentivada: o primeiro emprego. Hoje, o Brasil conta com programas como a Lei da Aprendizagem e a Lei do Estágio, que direcionam os jovens para atividades que podem ser o passaporte para o mercado de trabalho e proporcionam que a teoria vire prática, o que vai tornar o jovem em um profissional.
Entretanto, apesar dos incentivos, a taxa de desemprego entre os jovens ainda é grande: na faixa etária de 14 a 17 anos, 43% encontra-se desocupado. Dos jovens entre 18 a 24 anos, 27,3% estão fora do mercado de trabalho, conforme dados de 2017. A culpa até poderia ser da crise, mas como o panorama vem desde 2014, entende-se que é um conjunto de fatores que reside nas exigências das empresas e na falta de preparação desses futuros profissionais. Uma contradição que gera prejuízos para todos.
Boa parte dos jovens que se candidatam a oportunidades pelos programas sustentados por lei vêm de situações de vulnerabilidade. Lares desfeitos, oportunidades rasas e, graças a essas iniciativas, eles passam a ter uma visão diferente de mundo. Um mundo de trabalho, em que eles se espelham nos profissionais que compartilham conhecimento, preparando-os para os desafios empresariais e pessoais. Assim, eles se renovam e se descobrem cidadãos ativos, dando novos significados as suas experiências.
Fazendo menção à passagem do 'Dia do Trabalho', em 1º de maio, a equipe do JATV conversou com o jovem riocampense Amauri Junior Dias Pereira, de 19 anos, referente seu primeiro emprego registrado há mais de dois anos na Cooperativa Regional Agropecuária Vale do Itajaí (Cravil).
Em diálogo, Amauri relatou sua satisfação e gratidão pela oportunidade do primeiro emprego "Meu primeiro emprego foi na Cravil de Rio do Campo onde permaneço já há dois anos e quatro meses. Iniciei com dezessete anos na função de repositor de mercadorias. Foi complicado quando ingressei no mercado de trabalho, pois eu nunca tinha trabalhado. Cheguei a pensar que não ia durar três meses, mas estou até hoje", menciona o jovem.
O gosto pelo emprego e o esforço de Amauri têm rendido bons frutos ao jovem, que vem alcançando novas funções dentro da empresa. "Evolui dentro da empresa. Ainda como repositor, quando era necessário atendia no caixa, e com a saída de funcionário, comecei a auxiliar na parte administrativa. Agora a minha função está mais voltada à parte administrativa, mas ajudo no caixa e também sou repositor quando é necessário, faço de tudo. Gosto do meu emprego", expressa.
O entusiasmo do jovem em atuar numa empresa consolidada alimenta seus planos para o futuro "Meus planos são de crescer dentro da empresa, pois é meu primeiro emprego, e quero dar o melhor de mim nesta empresa. Ela é muito importante porque foi nela que comecei, e consegui tudo que tenho por causa da Cravil", afirma.
"Com o meu primeiro salário arrumei a minha bicicleta rebaixada, que estava meio estragada. Foi minha primeira aplicação do salário. E também já consegui meu maior sonho, que era comprar meu Voyage, sempre quis comprar este carro. Meu carro é fruto do meu trabalho, do meu suor", expressa com alegria o jovem.
Motivado, Amauri deixa conselhos a outros jovens "Aconselho a piazada a trabalhar, porque a crise está feia, não está fácil. Tem que procurar serviço, por mais que está difícil, e se conseguir, tem que lutar e valorizar".
No decorrer da entrevista, o jovem Amauri continuamente menciona gratidão pela oportunidade do emprego "Sou muito agradecido à empresa, pois me abriu as portas e me permitiu crescer lá dentro. É um lugar muito bom, não tenho o que reclamar".
A virtude de ser uma pessoa grata e que dá valor ao trabalho e às oportunidades, Amauri traz de casa "Eu ajudo em casa, colaboro com as finanças da família, se tiver que comprar alguma coisa a gente sempre se ajuda. Moro com minha mãe e meu irmão desde a separação dos meus pais".
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