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Rio do Campo

Brasília 74 faz parte da história da família Jarocz

Você já andou de Brasília? Não? Então que tal dar uma voltinha por sua história?

Em 1973, em homenagem à capital brasileira, surgia o veículo Brasília um dos primeiros carros da marca Volkswagen produzidos fora da Alemanha. A Brasília foi criada a pedido do presidente da empresa no Brasil, na época, Rudolph Leiding, que queria novos modelos.

Coincidência ou não, o carro foi lançado no mesmo período e bateu de frente com seus principais concorrentes como o Chevette, o Maverick e o Dodge 1800.

A Brasília foi produzida de 1973 a 1982 e fez muito sucesso. Para se ter noção, para comprar uma Brasília e levar ela na hora, o comprador precisava pagar o preço acima da tabela. Em 1975 foram produzidas mais de 120 mil unidades do carro, que agradava aos jovens e também famílias, pois comportava tranquilamente quatro pessoas, ou até mesmo cinco, apesar do porta-malas ser um problema.

O carro tinha por características traços retos, mas com linhas que traziam suavidade e equilíbrio, o que foi uma grande diferença. O veículo media 4,01m de comprimento e atendeu às exigências da época com um jeito de carro urbano, fácil de dirigir e rápido. A Brasília alcançava a velocidade máxima de132km/h.

O agricultor Eduardo Jarocz, de 59 anos, não esconde o orgulho de ser um dos poucos moradores da região a possuir um automóvel Brasília em sua garagem. Eduardo reside em Rio Caixão na comunidade de Alto Rio do Campo, e na terça-feira, dia 27, recebeu a equipe do JATV para contar a história de sua Brasília 74.

Faz 22 anos que o veículo faz parte da família Jarocz. "Trabalhei durante 14 anos de pedreiro na cidade de Blumenau e região e foi naquele período que adquiri esta Brasília", conta Eduardo e acrescenta "Comprei ela para o trabalho. Antes dessa, ano 74, eu já tinha outra e como havia gostado muito do veículo, fiz questão de comprar mais uma".

Mais de duas décadas se passaram, mas o agricultor ainda lembra o valor exato que investiu para adquirir o automóvel "Na época, paguei R$ 2.700,00". Quando o agricultor adquiriu a Brasília, em 1996, ela já tinha 22 anos e o modelo já não era fabricado há cerca de 14 anos, tendo em vista que o último ano de fabricação do veículo foi 1982.

O carro parou de ser produzido para dar lugar a um novo projeto da VW, o Gol, que já estava em produção desde 1980, que teria uma 'família', o que era comum na época e já se encontrava em outras montadoras concorrentes, como os modelos Fiat 147 e o Corcel.

Ao criar a VW Brasília, a Volks quis aliar dois requisitos que eram primordiais para a época: um desenho mais atual e maior espaço interno com toda a força e vigor que foram adquiridos do Fusca.

Outras características elogiadas por Eduardo Jarocz, um amante do veículo Brasília, são a manutenção e a economia em combustível "É um carro com baixo custo de manutenção, quase não incomoda. Rodei com esta minha trabalhando em Blumenau e em muitos outros lugares por cerca de 12 anos consecutivos e nunca tive muitas despesas. E também é econômica no consumo de combustível, faz cerca de 11 km/l", comenta Eduardo.

Jarocz conta que já recebeu algumas propostas para vender sua Brasília 74, mas recusou, pois não tem a intenção de se desfazer dela "Mantenho ela porque considero uma relíquia e a gente se apaixona por um veículo desse tipo. Ela é muito confortável, espaçosa e econômica. Não penso em me desfazer dela", afirma.

Os planos do agricultor é que o veículo permaneça na família "Minha intensão é restaurar ela e utilizar para passeio. Todos da família gostam da Brasília, principalmente os netos. Quando eles vêm me visitar, sempre querem dar uma volta. Uma das netinhas chama a Brasília de 'carro Brasil'. Suas palavras pra mim são: vô, vamos dar uma volta de carro Brasil", cita Eduardo com expressão de felicidade.

A Brasília da família Jarocz não é amarela como a cantada na música do grupo 'Mamonas Assassinas', tem sua cor original azul escuro e modificada para a cor azul claro, mas também tem história que daria letra de música. Há cerca de 13 anos atrás ela foi roubada "Ela foi roubada de mim e não sei como consegui pegar de volta. Eu ainda morava em Blumenau, faz uns 13 anos, estava trabalhando e roubaram. Ela ficou dois dias nas mãos dos bandidos e depois foi abandonada perto de um quartel e os policiais me devolveram. Estava praticamente destruída, tive que levar na oficina pra fazer rodar novamente", finaliza Eduardo.


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