A Unidade Básica de Saúde do Centro de Rio do Campo está se deparando novamente com o problema de escolha de médicos por pacientes. Em 2014, o Jornal A Tribuna do Vale entrevistou o então promotor de justiça da comarca, Bruno Bolognini Tridapali, que ressaltou que havia recebido denúncias de que um cidadão reclamou da falta de atendimento para a esposa dele pelo posto de saúde do centro.

Reclamações deste gênero persistem até hoje, conforme reportam servidores que atuam na Unidade. Na época, o promotor conversou com o respectivo Secretário de Saúde para esclarecimentos. A conclusão é a de que muitos usuários do sistema público de saúde do município, têm resistência às médicas cubanas do programa Mais Médicos. Eles insistem em direcionar atendimento para o doutor Almir.

"O SUS, que fornece o tratamento igualitário, gratuito e universal para as pessoas, ele não dá o direito aos pacientes e usuários do SUS de escolher o profissional no qual ele vai ser atendido, ele tem direito ao atendimento pleno, eficaz e eficiente. Então as pessoas não podem ir ao posto de saúde e escolher o profissional Dr. Almir ou qualquer outro para ser atendido, isso é o primeiro ponto", disse o promotor ao JATV.

A única solução para o atendimento médico com o Dr. Almir, de início é, fora do horário de atendimento de seu atendimento pelo SUS, que são 8 horas diárias. Ou seja, pagar uma consulta particular, foi o que o ressaltou o promotor. Ele ainda afirma que caso haja alguma deficiência no atendimento prestado por qualquer profissional, aí sim é possível uma reclamação, seja diretamente na secretaria de saúde ou no Ministério Público.

Uma atitude desnecessária é ir três horas da manhã esperar para pegar ficha. Bruno garantiu que "Não é porque você chegou primeiro que você vai ser atendido pelo Dr. Almir, não funciona assim, as pessoas têm que entender isso. Não é possível, repito, escolher o profissional no qual quer ser atendido, caso seja atendido por um profissional que não condiz com o atendimento que você desejava, que não surgiu efeito o tratamento, aí sim é possível ser direcionado a um profissional para ter uma segunda opinião, fora isso não é possível", conclui.