O empresário riocapense, Sidnei Florêncio, lidera uma ação em solidariedade ao hospital de Rio do Campo. Florêncio, que é natural de Ibirama, reside em Rio do Campo há nove anos e é proprietário de uma empresa que emprega dezenas de pessoas no município.

Sidnei destaca que seu pai era de Rio do Campo e justifica sua ligação com o município "Na administração anterior existia uma amizade com o prefeito. E havia um galpão vazio, onde ele acabou insistindo para que viéssemos montar a empresa, já conhecia nossa competência, e viemos, conseguimos uma empresa parceira que trouxe serviço para nós. É uma empresa da área têxtil. Minha empresa está montada aqui há 9 anos", contou.

A iniciativa de Sidnei, em apoiar o hospital, consiste em uma contribuição dos funcionários descontada na folha de pagamento com valores entre 5 e 20 reais. Segundo ele, ao tomar conhecimento da dificuldade que o hospital enfrenta e reconhecendo sua importância para a cidade e até mesmo para os funcionários da empresa, conversou com sua esposa e promoveu esta campanha.

"Eu parei toda a malharia, conversamos com os funcionários, mostrei a importância de mantermos esse hospital, e pedi para o pessoal que doasse, em desconto em folha de pagamento, da maneira que fosse confortável para eles", afirmou Sidnei ao Jornal A Tribuna do Vale.

A contribuição mensal da empresa, em parceria com os funcionários, deve ficar próxima a 900 reais. Sidnei diz que não é um valor muito alto, mas sugeriu que se essa iniciativa for copiada a comunidade terá um bom resultado em prol do Hospital.

O empresário também foi eleito vereador na última eleição e destacou que tem papel de representante do povo "Tenho minha responsabilidade como vereador e como empresário. Tomei a iniciativa mesmo para dar exemplo, para tentarmos sanar os problemas e colocar o dinheiro no hospital. Que seja bem administrado também para não termos mais problema com déficit, com salário atrasado, tudo o que não pode aparecer dentro do hospital", afirmou.

Sidnei acredita que com seus funcionários, se forem dispostos a ajudar, conseguirá dar um bom exemplo para o que as outras empresas possam fazer também "Uma iniciativa pública, privada, a ajuda pela celesc também é muito importante, e eu acredito que conseguimos atingir um patamar bom onde o pessoal começa a doar mais também", comenta Sidnei.

Aos funcionários que estão colaborando o empresário deixa seu agradecimento "Eu quero agradecer muito meus funcionários, pois apenas iniciei uma atitude, mas o dinheiro é deles, a contribuição é deles, então muito obrigado a meus funcionários, ao pessoal que doa pela Celesc. E pedir ao povo de Rio do Campo que doe, pois é bem mais fácil doar 10 reais do que estar correndo o risco do hospital fechar e termos que ir para fora em busca de atendimento. Então é hora de nos unirmos e ver a importância de nosso hospital, independente de qualquer coisa. Eu já estive duas vezes esse ano no hospital conversando com os funcionários e conhecendo, o espaço é ótimo, muito limpo, e acredito que dará muito certo", finalizou.

O Jornal A Tribuna do Vale visitou a empresa para descobrir o que os funcionários da confecção pensam sobre esta campanha. Assim como Sidnei contou ao JATV, nossa equipe constatou que a mobilização é aprovada por todos.

Colaboradora há seis anos, Tatiana Sardagna considera que essa é uma iniciativa que muitos deveriam ter "Nós não queremos ir ao hospital, pois se vamos para lá é porque há doença. Mas se você contribuir, é algo para teu bem e de todo o município e até para as pessoas de fora que são atendidas pelo nosso hospital", comentou. Tatiana pouco precisou do hospital, mas nesses casos, mencionou ter sido bem atendida e reconhece que apesar das dificuldades, todos se esforçam para prestar um bom atendimento.

Josineia Israel trabalha na empresa há quatro anos, também entende que a mobilização da empresa é uma atitude que deve ser copiada por outros empresários "Se todos contribuírem, teremos um hospital bem melhor. Já precisamos do hospital várias vezes, ganhei minha filha ali, já tivemos muito benefício do hospital, muita ajuda, e precisamos contribuir. Se o hospital fechasse seria terrível, sair daqui para outro hospital seria muito mais complicado", declarou.

Joceneide Katia Laurindo, que está na empresa há mais de um ano, avaliou positivamente a iniciativa do patrão "O pouco que estamos ajudando fará a diferença para quem precisa. E amanhã, que algum outro empresário possa fazer o mesmo. Pois quantas vezes podemos ajudar, mas falta iniciativa. Eu e minha família já precisamos do hospital, e vale a pena ajudar porque os remédios que precisamos não tinha. E se não tivesse o hospital hoje, seria muito ruim, pois se alguém estivesse precisando e em estado grave, poderia morrer a caminho de outro", comentou.



*Errata ao Jornal Impresso:

Na edição 412 do Jornal A Tribuna do Vale, que circulou em 17 de fevereiro de 2017, a matéria Empresa mobiliza funcionários para doações ao Hospital, divulgada na página 8, apresenta o seguinte equívoco: O nome da colaboradora Josineia Israel e Joceneide Katia Laurindo estão trocados. Deve-se ler corretamente como consta na publicação da matéria nesta página.