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Em cada casa no século passado, a máquina de costura era peça obrigatória. Os quarentões de plantão e seus ascendentes conhecem bem esta história. Quando a moça se preparava para casar já sabia qual herança levaria da casa da família, uma máquina de costura.
No entanto, atualmente, o utensílio que mais se destacava entre as moças prendadas já não tem tanto valor, e o hábito de presentear as moças com máquinas de costura deixou de ser costume nas famílias. Mas na vida da Riocampense Rita Bendo a máquina de costura herdada dos pais jamais virou peça de museu. Afinal, são 50 anos de profissão e muitas peças elaboradas por suas mãos talentosas. E é um pouco dessa história que você acompanha na sequência.
"Com 18 anos fui para Blumenau aprender a costurar. Fiquei naquela cidade por um ano. Quando retornei, me casei e continuei costurando e estou até hoje", revela Rita que é mãe de duas filhas, Adriana e Cinthia, uma professora e outra psicóloga. Rita é esposa de Vergínio Bendo. O casal reside em Rio do Campo há 46 anos.
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Natural de Taió, filha de agricultores, Rita conta que praticamente não teve estudo e viu na costura uma oportunidade para sua vida. "Quando pequena, morei com meus pais no Mato Grosso por algum tempo e quando retornamos para Taió morávamos muito longe da escola e minha mãe deixou eu ir à aula só um ano para poder aprender a escrever um pouquinho, escrever principalmente o nome. E tinha que cuidar dos irmãos mais novos também. Então, mais tarde a mãe decidiu me dar uma profissão que foi a costura", explica. E foi com a mãe, Selma Lenzi, que Rita aprendeu os primeiros recortes na costura. Dona Selma está com 96 anos e reside em Taió. Rita tem três irmãs que também seguiram a profissão de costureira.
Rita é uma costureira de mão cheia e seu talento sempre fez parte do sustento da família. Em sua habilidade, afirma que não tem peça preferida para confeccionar "Todas dão trabalho. Fazer com capricho e cuidado dá trabalho", comenta Rita e acrescenta "Meu forte sempre foi a costura feminina, costuro também peças masculinas, mas minha maior clientela são as mulheres".
Com 68 anos, muito simpática e trabalhadora, Dona Rita dedica de 10 a 12 horas por dia à profissão. E em 50 anos de profissão são muitas clientes fiéis "Tenho cliente que há mais de 40 anos costuram comigo. Tem algumas que já nem residem mais no município, mas quando vêm de férias ou vêm visitar os filhos fazem costuras comigo".
Dentre tantas peças, tantos recortes e fios há alguns que são inesquecíveis "O que marcou durante esses anos foram os vestidos que eu fazia para noivas. Recordo-me de um que a noiva gostou muito, ela é esposa do Valdir Esser, a Lúcia. E recentemente ela comentou comigo que guarda até hoje o vestido. Um vestido que fiz há mais de três décadas", revela a costureira.
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Mesmo com tantas horas diárias dedicadas à costura, Rita ainda encontra tempo para outro talento "Além da costura e dos meus afazeres da casa, que sou eu quem faz, me dedico também na pintura em tela. Que é algo que gosto muito", cita.
Questionada, Rita afirma que não pensa em parar de costurar. "Deus é quem sabe a data, eu não penso em parar porque gosto muito do que faço e me faz bem o trabalho. Também gosto muito do contato com as pessoas", menciona.
Assim, Rita define o que representa a costura em sua vida "Significa o sustento, o contato com as pessoas e um monte de coisas que me ajudaram muito por todos esses anos. Amo o que faço! Costureira é a profissão que escolhi e me dediquei a ela. Sinto-me feliz quando vejo alguém satisfeito com o que produzi".
Dia 25 de maio é lembrado como o dia da costureira. Dona Rita deixa uma mensagem a elas: "Ser costureira é um trabalho digno. São mãos abençoadas por Deus. Dou os parabéns a cada companheira costureira pela passagem do nosso dia. São tantas mães de família que trabalham, que se dedicam para ajudar no sustento da casa e que merecem ser homenageadas".
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