Ex-vereador de Dona Emma é condenado a 29 anos por homicídio motivado por disputa política
data atualização
12/09/2025 10:49
Foto: Câmara de Vereadores de Dona Emma
Ex-vereador de Dona Emma é condenado a mais de 29 anos de prisão por homicídio e tentativas de homicídio motivados por disputa política em 2022.
Valdir Siqueira foi sentenciado a 29 anos, 6 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, após o Tribunal do Júri de Presidente Getúlio acolher integralmente a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele foi considerado culpado pelo homicídio de um homem e por duas tentativas de homicídio. O crime aconteceu em 5 de novembro de 2022, em um bar no centro de Dona Emma.
Apesar de denunciado no mesmo ano, o ex-vereador permaneceu foragido até o dia do julgamento. Durante esse período, ele perdeu o mandato na Câmara Municipal por faltas injustificadas. Ao final da sessão, saiu preso diretamente do plenário.
“Um homem que trabalhava com leis deveria saber que, se fosse realmente inocente, teria meios para provar sua inocência. No entanto, optou por ficar foragido por quase três anos”, afirmou o promotor de Justiça Lucas Carvalho Mattiola.
Crime começou com aposta sobre eleições
Segundo a denúncia, o ataque teve como motivação uma aposta de R$ 5 mil sobre o resultado das eleições presidenciais de 2022. Durante a discussão, o então vereador, de 47 anos, golpeou a vítima fatal com uma faca e feriu outras duas pessoas. Ambas sobreviveram após atendimento médico.
O promotor destacou em plenário que a mesma faca usada para abater um porco na manhã do crime foi utilizada para atacar as vítimas. “Não foi apenas uma vida ceifada, mas o futuro de uma família inteira. A esposa da vítima estava grávida, e o casal já tinha um bebê de pouco mais de um ano, que também perdeu o pai.”
Ministério Público reforça vigilância
A promotora de Justiça Cassilda Maria de Carvalho Santiago Dallagnolo destacou a importância da condenação para a comunidade:
“Fica um recado muito importante para toda a nossa comarca: o Ministério Público está vigilante a todo e qualquer crime e não compactua com esse tipo de comportamento, independentemente de quem seja o réu.”
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