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Foto: Ali Shaker/VOA/ Wikemedia
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou a pressão diplomática sobre o Brasil e a África do Sul, citando supostas violações de direitos humanos em ambos os países. As informações fazem parte de documentos preliminares do Departamento de Estado, obtidos pelo jornal The Washington Post, que serão enviados ao Congresso norte-americano nesta terça-feira (12).
Acusações contra a África do Sul
No caso sul-africano, o relatório acusa o governo de maus-tratos a fazendeiros brancos africâneres, incluindo alegações de expropriação de terras e outros abusos contra minorias raciais.
O documento cita vídeos apresentados por Trump em reunião na Casa Branca, em maio, como evidências. Porém, pelo menos uma das imagens não retratava a África do Sul.
A tensão diplomática levou os EUA a receberem 60 africâneres como refugiados, em uma medida considerada exceção à suspensão do programa de reassentamento. Além disso, Washington cortou ajuda financeira ao país e anunciou que pretende boicotar a reunião do G20 marcada para novembro, em Johanesburgo.
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Brasil e as críticas à liberdade de expressão
Em relação ao Brasil, o relatório menciona supostas ações de “supressão desproporcional” da liberdade de expressão contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe em 2022.
O texto afirma que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria ordenado pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis na rede social X (antigo Twitter). Segundo o rascunho, essas medidas teriam impacto sobre direitos como a liberdade de expressão e o julgamento justo.
No mês passado, os EUA anunciaram sanções contra Alexandre de Moraes, com o secretário de Estado Marco Rubio alegando “graves abusos de direitos humanos”. Moraes, por sua vez, declarou que vai ignorar as sanções.
De acordo com The Washington Post, dentro do próprio Departamento de Estado houve desconforto com a nova abordagem, com diplomatas de carreira afirmando que o processo teria sido politizado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou ao jornal:
“Sempre falei das perseguições que Trump sofreu. Se ele quiser falar algo sobre mim, vai decidir.”
O relatório final deve ser apresentado oficialmente ao Congresso norte-americano ainda nesta semana.
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