logo RCN
Coluna do Prates

Na palma da mão

Até onde podemos ir na vida? Difícil a resposta. Essa questão me veio à cabeça ouvindo três colegas, mulheres, conversando entre elas. Por perto, eu estava na minha, bebendo meu café. Mas as orelhas de pé, ouvindo-as.

A certa altura, uma delas, "a mais vivida", falou de um diálogo que ela ouviu num filme e com o diálogo se confundiu.

A tal cena do filme, não me ficou o nome do filme, envolvia a protagonista conversando com a melhor amiga. E essa protagonista dizia que era muito difícil para ela saber exatamente o que ela queria da vida... E acrescentava: - "São tantas as opções que penso que são infinitas, como decidir, como não errar, como saber do que quero e que me pode fazer feliz"? Mais ou menos isso. Ouvi e fiquei pensando. E pensando me lembrei de um velho colega, jornalista.

Esse colega estava numa pior, profissionalmente caído... Decidiu que precisava dar um jeito na vida, criar um negócio próprio. E ele me contou que um dia, viajando ao Rio, sentou-se na cama do hotel, pegou um pedaço de papel e decidiu alinhar os tantos e tantos negócios que ele podia iniciar. Escreveu um, escreveu um segundo e... nada mais lhe vinha à cabeça. Ou não gostava do negócio pensado ou para ele não tinha o mínimo talento . Descobriu que o "infinito" que ele imaginou ter diante da vida se resumia a uma ou outra atividade. Vale o mesmo para a colega que ficara impressionada com o diálogo do filme a que assistira.

Essa história de que temos ilimitadas possibilidades e que é quase impossível saber qual a melhor é conversa superficial. Todos sabemos, natural ou intuitivamente, do que gostamos, nossos gostos e talentos potenciais não são tantos assim, posto que nossa liberdade seja ilimitada. Ouvir o coração nos traz a resposta que buscamos, mas... É preciso enfrentar os condicionamentos negativos internos e não dar ouvidos aos da família e aos amigos. Quem decide o de que gostamos somos nós, nossas possibilidades, em princípio, são ilimitadas, quase impossível decidir, porém... Apertando bem esse limão, sai pouco caldo. O que fazer, como decidir? Ouvir e seguir o coração com honestidade, aí estará o caminho certo. Os infinitos da liberdade são apenas uma ideia. O que nos faz felizes está na palma da nossa mão.

DECISÕES

Somos os árbitros de nós mesmos. De nossas decisões acertadas resulta a vitória no jogo da vida. É um despropósito dezenas de jovens disputando "uma" vaga nos vestibulares de Medicina, por exemplo. Querem status, prestígio, ganhos fartos, não sei mais o quê, não tendo, todavia, nenhum talento, vocação e personalidade para a ciência/sacerdócio da Medicina. Iludidos existências, "fakes" da vida. Mas vá dizer isso a eles, vá. De 100 candidatos à Medicina, três, se tanto, têm vocação. Os outros, se forem adiante, serão formidáveis incompetentes. Maioria.

FELICIDADE

Se você perde tempo nas redes sociais já descobriu que ser feliz virou obrigação. Os estultos não entendem que felicidade não se procura, felicidade vem a nós pelos pensamentos e condutas. Sair à procura da felicidade, baladas, festas, viagens, o que for, é estultícia, perda de tempo. A felicidade não gosta que a procurem, ela gosta de se oferecer a quem a merece...

FALTA DIZER

Tive um amigo, que tinha uma fábrica de gravatas, que costumava dizer aos namorados das filhas, no primeiro dia: - "Tu podes ter qualquer defeito, mas seu souber que tu bateste nela, eu te mato sem piscar". Um paizão!


Prego na cadeira Anterior

Prego na cadeira

Próximo

O melhor programa

Deixe seu comentário

Luis Carlos Prates