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JATV entrevista Almir Guski, prefeito de Taió

A conversa na íntegra poderá ser vista em vídeo no Facebook do JATV na próxima semana

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O Jornal A Tribuna do Vale conversou na terça-feira, dia 17, com Almir Reni Guski (PSDB), prefeito da cidade de Taió. O bate-papo envolveu ações do governo, possíveis decepções com aliados (que ele garantiu não ter) e também eleições 2020. Convidamos o vice-prefeito e pré-candidato a prefeito Horst Alexandre Purnhagen (MDB) para participar da entrevista, mas ele não pôde se fazer presente. Assim que estiver disponível, terá espaço igual ao outros pré-candidatos. Confira a entrevista com Almir Guski:


JATV - Sabemos que é difícil falar todas as coisas boas feitas em Taió nos últimos três anos e três meses. Mas se fosse destacar três das principais obras ou ações, quais seriam?

Almir Guski: Começamos pela saúde, onde a cidade de Taió fez essa grande revolução até a nível de Santa Catarina. Pouquíssimas prefeituras fizeram o que nós fizemos. Temos uma parceria público-privada no Hospital. Cerca de 800 crianças já nasceram nos últimos anos. Muitas especialidades são oferecidas lá. Já começamos a tratar o Hospital como o Regional do Vale Oeste. O Ministério da Saúde nos tirou o NASF. Até a gente se readequar e trabalhar esse assunto, demora. Digitalizamos a saúde. De 0 a 10, avançamos 6. Precisamos melhorar muito, mas o legado foi iniciado.

Na Agricultura, mudamos a sede para o Seminário, mudamos o modelo, compramos mais maquinários para oferecer aos agricultores do nosso município esse trabalho.

Na Educação temos 10 grandes programas sendo executados. O programa da primeira merenda que oferece lanche para as crianças de manhã cedo é muito importante. Temos oito oficinas que temos junto com o Senai que é uma novidade no serviço público desde a quinta série. Precisaria tempo pra falar sobre cada um desses programas, mas são maravilhosos. Temos as lousas digitais que as professoras e os alunos estão aprovando. Na Educação não há custos, há investimentos. Os prefeitos da região precisavam ver o que está sendo feito nesse setor na nossa cidade. Estamos trabalhando na digitalização total das nossas escolas, ficando integrado em um sistema mundial. Vai acontecer isso logo, se Deus quiser.

Compramos muitos equipamentos também na Secretaria de Obras. Estamos trabalhando o Projeto Recuperar com o Governo do Estado, fazendo os reparos nas ligações entre a nossa cidade e municípios vizinhos.

Assistência Social têm muitos serviços prestados também. A Secretaria de Administração não aparece, mas nos oferece todo o suporte. Todas são importantíssimas.


JATV - Taió virou um canteiro de obras neste ano com a pavimentação de diversas ruas. Quanto a Prefeitura está investido e como foi decidir quais ruas serão beneficiadas?

Almir Guski: Já temos muitas ruas sendo pavimentadas em Taió em parceria com os moradores. Quanto ao Finisa, estamos com muita dificuldade de receber do Governo Federal. Espero que o governo tenha a consciência de pagar isso logo para que os municípios possam seguir.

O modelo para a escolha das ruas foi muito difícil. Temos mais de 200 ruas em Taió para serem contempladas. Para mim, todas as ruas e pessoas são de igual importância. Decidimos que as ruas de passagem, que sejam importantes para transenchente seriam beneficiadas. Foi assinado o contrato. Está pronto. Em breve vou passar a confirmação. Já era pra estar rodando no ano passado, mas o Governo Federal demora muito pra repassar os recursos. O cidadão está ansioso. Taió tem problemas estruturais como a poeira. Precisamos pavimentar as estradas. Temos procurado molhar as estradas, mas temos só um caminhão pipa. Precisaríamos ter mais.

A aprovação da Ponte Estaiada foi aprovada na Caixa. Isso foi mais uma vitória para a nossa gestão. Foram três anos de luta.


JATV - Desde o primeiro dia do seu mandato, ou até mesmo antes de assumir, o senhor manteve o discurso de que não seria candidato a reeleição, e ao que tudo indica, segue com esse mesmo discurso. Há algum motivo para isso?

Almir Guski: Estou há quase 30 anos na política. Sempre no PSDB. Mas a questão da reeleição foi algo que fui contra ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do meu partido. Eu milito contra esse tipo de política (a da reeleição). Acho que deve ter o mandato estendido para o legislativo e executivo com um mandato só. Nem que fica fora e volta depois. Mas a troca é importante para democracia.

Eu dizia na campanha que não seria candidato a reeleição. O Congresso Nacional precisa trabalhar esse assunto. Tenho feito a minha parte aqui. O fim da reeleição dá a possibilidade a novos líderes se apresentarem. Temos quase 20.000 habitantes e apenas dois ou três são candidatos a prefeito. Os novos líderes precisam de oportunidades. Acredito nisso.

Meu compromisso com a cidade não termina. Mas como prefeito, termina no fim desse ano. Torço para que meu sucessor ou a minha sucessora, continue com essa produtividade que a gente precisa hoje.


JATV - Mesmo que o senhor não seja candidato, o PSDB participará ativamente da eleição em Taió. O partido já se decidiu onde estará e como se colocará nessas eleições?

Almir Guski: O PSDB está há 26 anos na luta participando e dando a sua contribuição para a nossa cidade. Agora não será diferente. Como temos um partido consolidado, temos algumas premissas. Não abrimos mão de fazer uma pesquisa para avaliar quem tem o desejo de participar desse pleito. Estamos trabalhando nisso. As reuniões já começaram.

É uma pena que em cada eleição, aparecem poucos candidatos também a vereadores. A mulher que tem que participar, tem muita dificuldade. A mulher tem medo da opinião pública. A Lei obriga a ter 30% de mulheres em cada chapa (como vereadoras). Espero que tenhamos muitas mulheres nesse ano na eleição, não só pelo PSDB, pois elas dão uma qualidade maior em tudo.

Será uma campanha muito legal. Estamos amadurecendo na questão da democracia.


JATV - Políticos próximos ao senhor declararam que estarão em outra chapa. O senhor ficou decepcionado?

Almir Guski: Não. O surgimento de novos líderes é essencial, como citei. Quem está na política tem que trilhar o seu caminho. É igual uma empresa. Começam pequenas, mas em um certo momento, precisam seguir. Na política é a mesma coisa. Quando você é candidato, você vira um CNPJ, uma pessoa jurídica. As pessoas que queiram fazer isso, devem fazer. Eu lido muito bem com isso, não tenho problema algum com as pessoas que querem buscar o seu lugar. Se o partido que estão, não lhes dá o que deveria, tem que trilhar outro caminho e buscar seu espaço.

Eu sou um cidadão de um partido só. A questão da obediência partidária eu acho importante. Mas respeito todas as opiniões.


JATV - Para encerrar, o que o taioense pode esperar desse fim de mandato? Qual é o recado que o senhor gostaria de passar para a população da sua cidade?

Almir Guski: Eu sempre deixo uma mensagem de muito otimismo. Digo ao povo de Taió que pode confiar. Eles nos confiaram esse mandato e nós estamos aqui representando vocês. Eu sou considerado um prefeito que briga muito aqui nos bastidores com os fornecedores, pois eu não sou empregado de quem vem vender para o município. Sou empregado do município. Então, eu sempre tiro o custo, peço desconto e as pessoas dizem que é o único prefeito que faz isso. Acho que tem mais gente brigando igual eu. Vou continuar assim. Vamos melhorar. O Brasil está melhorando e Taió pode confiar. Estamos trabalhando com muita seriedade para entregar ao nosso município uma melhor qualidade de vida no final do nosso mandato.


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