Governador autoriza início das obras de reforma da Barragem de Ituporanga |
Assista a entrevista feita pelo JATV
Ser artista é o sonho de muita gente. Porém, a falta de talento, de oportunidade ou até de coragem, fazem com que muitas vezes, essa vontade não prevaleça. Com Djou Luiz foi diferente. Para conhecer um pouco mais sobre ele, a equipe de reportagens do Jornal A Tribuna do Vale foi até a cidade de Taió para saber mais do artista. Autor de vários vídeos em seus canais nas redes sociais, Djou tem feito muita gente rir com suas imitações e esquetes. Mas como todo início de carreira artística, o humorista segue lutando para ser ainda mais reconhecido. Além disso, em tempos de pandemia e falta de shows, a internet se tornou o grande palco para os comediantes.
Djou conta que sempre foi o "engraçadão" da turma que frequentava, o famoso "Zé Graça". Amante da comédia nacional, assistia os shows de stand-up e sempre quis fazer algo parecido. Até que chegou a primeira oportunidade na festa de aniversário de um amigo. Luiz conta que as duas primeiras apresentações foram boas, com risos e aplausos. Mas por algum motivo, a terceira apresentação não agradou tanto. "Foi ruim mesmo. Aí comecei a estudar para aprender sobre comédia. Ainda estou no primeiro degrau, mas buscando sempre evoluir nesse ramo", diz. Djou Luiz na verdade é o nome artístico do taioense Djonathan Luiz Cavilia, de 22 anos.
Após isso, Djou tomou coragem e falou em definitivo para amigos e familiares que queria seguir essa carreira. Os amigos o apoiaram desde o início. Os colegas de escola sempre disseram que levava jeito. Porém, sua mãe não gostou muito da ideia de início. "Acho muito engraçado que as pessoas veem os meus vídeos e me pedem se quero seguir essa profissão. Ninguém chega para um estudante de medicina e pede se ele quer mesmo operar as pessoas", brinca o jovem. Alguns vídeos começaram a fazer sucesso e empresas locais começaram a apoiar Djou. "Hoje em dia a minha mãe pede para que eu grave vídeos toda semana para virem os lanches das empresas parceiras aqui em casa", conta Djou em meio a risos.
Antes da pandemia, era costumeiro ver as apresentações do humorista taioense em casas de entretenimento e bares da região. Luiz conta que cada apresentação é diferente e dá um frio na barriga. Porém, a apresentação que fez em Blumenau foi a que mais marcou até o momento. Durante o Festival Open Mic, promovido pelo comediante Irineu Nicoletti, Djou se apresentou para pessoas diferentes e muita gente riu das suas piadas, tornando esse momento muito marcante.
Ele confessa que essa profissão exige muito estudo e dedicação. Inspirado no "Manual da Comédia" escrito por Léo Lins, ele aprendeu muito com suas leituras. Porém, assistindo e vendo como é a profissão na prática, também adquire muito conhecimento. Fã dos humoristas conhecidos em todo o Brasil, ele preferiu citar como suas referências os humoristas do Sul do país, como Irineu Nicoletti, Jorge Gastaldi, Guilherme Tureck, Rafael Rita e Djow Malaquias. "Eles estão na luta, como eu. Estão crescendo. Já me apresentei com eles. São maravilhosos", conta ele.
Quem assiste os vídeos, pode até imaginar que é fácil. Só ligar a câmera, falar por alguns minutos e postar na internet. Na verdade, é muito mais complicado do que se imagina. Primeiramente, precisa ter a ideia, o famoso "gatilho". "Às vezes acordo de madrugada e vem a ideia. Penso na hora que preciso gravar", diz ele. Recentemente, um vídeo dele imitando Neymar ganhou às redes e foi postado no site do JATV. Nele, Djou imita a forma de Neymar caminhar em situações do cotidiano. "Se um pobre fosse fazer isso, como seria. Após gravar o vídeo, vi que algumas pessoas tiveram a mesma ideia. Isso é normal", menciona o humorista que aproveitou o sucesso do craque do PSG. Luiz grava os vídeos no seu quarto que é decorado com jornais e uma parede com "Chroma Key" para facilitar as montagens de fundo no vídeo. Após isso, edita os vídeos e posta nas suas páginas.
Questionado sobre a dificuldade de ter visibilidade por ser de Taió, pequena cidade brasileira, Djou responde que ser humorista não é fácil em lugar algum do mundo. "Assisti a história do Marcos Cirilo. Ele disse que é natural de cidade pequena e chamava artistas com mais renome para se apresentar na sua cidade. Nessa mesma oportunidade, ele também se apresentava. É o que eu vinha fazendo", conta Djou.
O ator busca um Oscar. O cantor, um Grammy. E um comediante? Djou Luiz tem sua meta muito bem definida. "Meu sonho é lotar um teatro. A primeira vez que fui a um show de comédia foi do Whindersson Nunes no Teatro Carlos Gomes de Blumenau, em 2016. Quando vi aquele pessoal se reunindo para assistir a um cara contando piadas, tive a certeza de que era ali que queria chegar algum dia. Espero conseguir".
Limite do humor
Uma das grandes discussões no mundo da comédia é se pode fazer piada com qualquer coisa. Alguns profissionais são mais atrevidos e buscam o famoso "humor negro", algo mais pesado. Outros optam por um humor mais familiar. É inegável que quem escolhe divertir as pessoas, reflita se existe algum limite dentro do humor. Para Djou, o limite do humor é o silêncio. Se o público não ri, o objetivo não foi atingido. "Isso é a mesma coisa do que pedir qual é o limite do drama. Para mim, é não fazer o público chorar. O limite do suspense é não deixar o público surpreso. Sendo assim, o limite do humor é não causar o riso", define ele.
Novidades na carreira
O tempo sem shows devido à pandemia, Djou tem usado para escrever novas piadas e elaborar novos projetos. Um deles é o Taió News, o Jornal da Zoeira. Periodicamente, ele postará vídeos hilários sobre notícias inventadas por ele. O taioense fará três personagens: Taiolina é a apresentadora do jornal. Uma digital influencer barbada. Wilson Boni é um repórter marrento e debochado. Já o repórter Rick é totalmente atrapalhado.
Taió News
Instagram: https://www.instagram.com/taionews_/
Facebook: https://www.facebook.com/taionews/
Deixe seu comentário