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Fiscalização

'Não temos gente para fiscalizar' diz prefeito de Taió

  • - Reportagem: Helena Marquardt/ DAV

Cidade é a segunda do Alto Vale em número de casos de Covid, mas não tem fiscalização rigorosa, leitos de UTI nem testagem em massa

Segunda cidade com o maior número de casos de Covid no Alto Vale, Taió vê os índices da doença aumentando significativamente a cada dia. No município, até a noite desta terça-feira (21) já eram 162 pessoas com diagnóstico positivo, mas falta fiscalização para garantir o isolamento social, medida apontada por especialistas como a mais eficaz para barrar o avanço do vírus.

Segundo o prefeito, Almir Guski, o Executivo tem tomado diversas medidas e buscado alertar a população, mas o político acredita que o maior problema é a falta de consciência dos moradores. Apesar dos números negativos a cidade não tem leitos de UTI no hospital, não está multando quem circula sem máscara em locais públicos e não investiu na testagem para diagnosticar a doença. "Os preços estão baixando, mas não compramos os testes porque preciso da concordância de toda equipe da saúde para que o teste seja uma coisa que vá trazer realmente uma vantagem, a medida que formos sentindo a necessidade vamos comprar", disse.

Além disso, outro agravante para a grande quantidade de casos, conforme o próprio prefeito, é a falta de profissionais que atuem na fiscalização das medidas restritivas. "Temos apenas um fiscal da prefeitura em Taió e em média dois policiais militares por turno. Se não houver conscientização pode fazer o que quiser. O jovem está jogando futebol escondido, se encontrando para fazer festa, infelizmente é isso que está acontecendo e além de todas as atitudes que o poder público possa tomar depende da conscientização das pessoas", alegou.

Questionado sobre a possibilidade de adotar medidas mais rígidas para prevenção da Covid que as estabelecidas em nível regional, o prefeito diz que elas não estão descartadas, mas nesse momento ele acredita que a orientação sobre as leis já existentes seja suficiente. "Tomamos todas as medidas deliberadas para o Alto Vale, e não estão descartadas medidas mais restritivas, mas por enquanto estamos trabalhando a nível regional. Temos que pensar juntos as medidas porque as pessoas se locomovem para todos os lugares", opina.

O executivo tem investido, no entanto, na desinfecção de locais públicos. Guski esclarece ainda que em Taió quem apresenta sintomas da doença deve procurar a Unidade de Pronto Atendimento e Unidades Básicas de Saúde, mas revela que neste momento não há leitos específicos para internamento de casos de Covid, nem leitos de UTI instalados na cidade.

Atualmente dos 162 casos confirmados, 113 pacientes já são considerados curados e há outros 18 moradores sendo monitorados, mas que não fizeram o exame. Até agora o município também registrou um óbito pela doença.

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