Os deputados federais Caroline de Toni, Daniela Reinehr, Julia Zanatta e Zé Trovão (foto), todos do PL, e Gilson Marques (Novo), estão entre os 33 parlamentares que assinaram o pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentado na quarta (29), horas antes da chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, depois de 89 dias na Flórida, nos Estados Unidos, nesta sexta (30).

Nos argumentos apresentados pelos deputados, que acusam Lula de crime de responsabilidade, estão: ameaça à autoridade do Legislativo, porque o atual presidente disse querer “fo***” com o ex-juiz federal Sérgio Moro quando estava preso na carceragem da PF, em Curitiba; ataque às instituições de combate à corrupção, porque Lula disse que a operação que prendeu suspeitos de tramarem a morte e o sequestro de autoridades era uma “armação do Moro”; e ingovernabilidade, justamente porque o comportamento do presidente causa “instabilidade” ao País.

Como há uma banalização nos pedidos de impeachment no Brasil, apenas para gerar um fato político desagradável na maioria das vezes, o caminho do apresentado agora deve ser o mesmo de dois outros feitos contra Lula, no início desta legislatura, que acabaram arquivados, salvo se as rusgas entre o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) – responsável por levar o assunto adiante – e o do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sobre as MPs ganharem proporções épicas.

A peça pretende criar um clima beligerante na chegada de Bolsonaro, que saiu do Aeroporto Internacional de Brasília, nesta quinta (30), pelo hangar e foi direto à sede nacional do PL se encontrar com a mulher Michelle e não deve fazer declarações por ora, de acordo com o presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto.

Bolsonaro deve depor na Polícia Federal, semana que vem, sobre o episódio das joias presentadas pela Arábia Saudita a ele e à ex-primeira-dama, que não foram declaradas como patrimônio da Presidência ao chegarem ao Brasil.

Via SCC10