Justiça aceita denúncia do Ministério Público de Santa Catarina

Os dois suspeitos de intoxicar funcionários do pronto socorro de Santa Cecília, no Meio Oeste catarinense, tornaram se réus após a Justiça receber a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Com o recebimento da denúncia, ambos passam a responder a processo criminal pelo crime de envenenar substância alimentícia destinada ao consumo, previsto no artigo 270 do Código Penal, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão. Os acusados seguem presos preventivamente.

Investigação aponta motivação ligada a vingança

De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por vingança. O homem, de 41 anos, havia sido afastado das atividades profissionais no pronto socorro cerca de duas semanas antes do ocorrido, em razão de apuração interna por possível assédio. Já a mulher, de 54 anos, tia do suspeito, teria ficado insatisfeita após não receber autorização para realizar um tratamento considerado irregular na unidade de saúde.

Segundo o apurado, no dia 21 de outubro, a mulher teria colocado o medicamento clonazepam em um refrigerante e levado a bebida para os funcionários consumirem durante o lanche da tarde. O sobrinho teria confirmado a presença de determinadas pessoas no local antes do consumo.

Funcionários apresentaram sintomas de intoxicação

Pelo menos 11 funcionários ingeriram o refrigerante adulterado e passaram mal de forma simultânea. Entre os sintomas relatados estão tontura, vômito, sonolência, inchaço abdominal e dificuldade para falar. A relação de vítimas inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas e auxiliares de serviços gerais. Algumas pessoas precisaram ser internadas.

A denúncia oferecida pelo MPSC aponta motivo torpe e dissimulação como circunstâncias agravantes, o que pode resultar em aumento de pena em caso de condenação.

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Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC – Correspondente Regional em Lages

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